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CINE HORROR apresenta: CINE PRIVÊ

 

A Mostra Cine Horror apresenta CINE PRIVÊ, com dois filmes Cult dos anos 1970.  A exibição acontece em Salvador no dia 23 de março.


Em mais uma exibição mensal, a Mostra de Cinema Cine Horror traz no mês de março a exibição de dois filmes clássicos do erotismo dos anos 1970: o cult Emmanuelle e o polêmico Calígula.


A sessão começara com o cultuado filme francês Emmanuelle, filme que imortalizou Sylvia Kristel e popularizou a personagem que se tornaria icônica no gênero softcore. Emmanuelle foi realizado em 1974 e até hoje é um clássico do gênero drama erótico, sendo um dos maiores sucessos cinematográfico do ano de 1974, visto no cinema por 50 milhões de espectadores do mundo inteiro. O filme retrata as aventuras de uma mulher totalmente inexperiente na arte do sexo. "Este filme abriu as válvulas", afirmam os produtores, num momento em que, na década de 1970, muitos países estavam ansiosos para virar as costas para um forte moralismo. Em Atenas, Caracas e em outras capitais, houve tumultos nas exibições do filme. Pela primeira vez, casais fizeram filas para ver um filme erótico, que muitos chegaram ao limite de considerar um filme de arte experimental. Em Paris, o cinema Champs-Elysées acabaria exibindo o filme, que narra as muitas experiências sexuais de uma mulher diplomata em Bangcoc, por incríveis 553 semanas. Antes de se tornar este fenômeno social, "Emmanuelle" foi adaptado de um best-seller erótico de mesmo nome escrito por Emmanuelle Arsan em 1959. O produtor Yves Rousset-Rouard, ansioso para entregar o projeto para um jovem diretor, abordou o talentoso fotógrafo Just Jaeckin, entusiasmado em filmar um longa-metragem. "Emmanuelle" também marcou a estreia da francesa Christine Boisson no cinema, e ela aparece no papel de Marie-Ange, uma menina bastante atrevida. O francês Alain Cuny concordou em participar do filme na condição de que seu nome passasse desapercebido nos créditos. Mas, com a explosão e sucesso do filme, o ator acabou protestando porque seu nome não estava em destaque. Durante sua passagem pela comissão de censura em 1974, o filme foi obrigado sofrer certos cortes. Mas, com a morte do presidente francês Georges Pompidou, um novo secretário de Estado da Cultura, Michel Guy, foi nomeado e permitiu que o filme chegasse na íntegra aos cinemas.
Emmanuelle apenas foi autorizado a ser exibido no Brasil em 1979, 5 anos após seu lançamento na França. Na época chegou a ser chamado como "Emmanuelle, a Verdadeira". Isto ocorreu devido ao lançamento de outro Emmanuelle, que tentou se aproveitar da fama deste filme. O segundo “A Anti-Virgem” teve problemas com a censura, pois foi considerado pornográfico na época.


 


Encerrando, teremos Calígula, a polêmica e excêntrica obra cinematográfica dos anos 70. O filme contou com vários nomes talentosos no meio como Gore Vidal, roteirista e pesquisador da história Italiana, que nos proporcionou textos como o aclamado e premiado Ben-Hur, que à procura de financiamento para seu filme, cai nas mãos de ninguém menos do que Bob Guccione, fundador e editor da revista Penthouse e, na época, um dos homens mais ricos dos EUA. Um artista frustrado em sua juventude, Guccione logo acerta as contas e decide investir todo o necessário para que o filme seja feito, estipulando um gasto em torno de 17 milhões de dólares, tirados do próprio bolso. Com algumas cláusulas, no entanto. O filme foi consumido primeiro pelas divergências ideológicas de quem liderava o projeto, depois pela censura, pela crítica narcisista e pelo próprio meio hollywoodiano que o tinha desde o início como uma ovelha negra a ser rejeitada (sem dúvida, pela participação de Bob Guccione na produção. Isso sem contar a direção de um Italiano, algo que feriu também o ego cinematográfico dos EUA, visto que a Itália foi sua grande inimiga nas produções de Westerns, o que os Italianos, inclusive, faziam melhor). O filme deveria ser extremamente fiel à Roma da época, em seus diversos aspectos; O filme deveria ser uma superprodução e contar com astros, cenógrafos e figurinistas do maior calibre; e levar às telas, como forma de atrair o público ao consumo de sua revista, as próprias modelos da Penthouse. Bob Guccione decidiu ainda que o filme seria dirigido pelo italiano Tinto Brass. Por diversas divergências nos rumos do filme, e pela intensa interferência de Guccione, o filme terminou rejeitado por Vidal, rejeitado por Tinto, rejeitado pelos atores que participaram.
Os destaques do filme vão para a trilha sonora original composta por Bruno Nicolai e Renzo Rosselini, e as não-originais compostas por Aram Khachaturyan e Sergei Prokofiev, muito bem selecionadas e realizadas; Para a direção de arte de Danilo Donati; Para a ideologia anárquica no discurso do filme, nas cenas mais explícitamente dirigidas/criadas por Tinto Brass; Para os diálogos inteligentes criados por Franco Rosselini, ao longo de todo o filme; na edição de Nino Baragli / Enzo Micarelli na sequência da orgia no bordel-navio do império; Nas atuações de McDowell, O'Toole e Gielgud, perfeitas; Na maquiagem do decadente Tiberius, realizada por Giuseppe Banchelli; Na sequência surreal da máquina decepadora de cabeças, principalmente no aparato criado por Donati... uma incrível inspiração para o cinema de horror fantástico!


 


Cine Horror Apresenta:


A exibição de CINE PRIVÊ integra as atividades do IX Cine Horror, festival de cinema fantástico com foco na produção brasileira no gênero, que acontece anualmente no mês de outubro, em Salvador.


 


Sobre os filmes:


Emmanuelle (França, 1974)
Direção: Just Jaeckin.
Elenco: Sylvia Kristel, Daniel Sarky, Alain Cuny, Marika Green.
Duração:
105 minutos
Classificação: 18 anos.


Sinopse: A modelo Emmanuelle (Sylvia Kristel) vai de Paris até Bangcoc, na Tailândia, para se encontrar com o marido, Jean (Daniel Sarky), que atua no corpo diplomático. Lá ela tem aventuras amorosas com homens e mulheres do novo círculo de amizades, apesar de amar Jean. Ele também tem casos extraconjugais e ambos aceitam este tipo de comportamento, que Emmanuelle se recusa a rotular como traição, pois não há mentiras entre eles.


Trailer:


Calígula (Caligola/1979/Itália).
Direção:
Tinto Brass
Roteiro: Gore Vidal, Masolino D'Amico.
Elenco: Malcolm McDowell, Peter O'Toole, Helen Mirren, Teresa Ann Savoy, John Gielgud.
Duração: 2h 36 min.
Classificação: 18 anos.


Sinopse: As atrocidades e orgias do megalomaníaco imperador romano Calígula (Malcolm McvDowell) como material de enredo para um retrato exuberante e especulativo de sexo, violência e sadismo. Calígula tomou o poder na Roma antiga ao assassinar seu predecessor Tibério (Peter O'Toole). Calígula demonstra os padrões morais de seu futuro reinado assim que ascende ao trono: sua irmã Julia Drusilla (Teresa Ann Savoy) torna-se sua amante. Mas isso não é tudo. Sob Calígula, a decadência floresceu com intensidade inesperada. Além disso, o imperador está sujeito a atos de violência descontrolados, que exerce de forma arbitrária. Seu ambiente imediato e seus súditos sofrem sob o controle cada vez mais descontrolado de Calígula.


Trailer:


 


Serviço:


CINE HORROR apresenta: CINE PRIVÊ  – 23 de março de 2024, na Sala Walter da Silveira (Rua General Labatut, n 27 subsolo da Biblioteca Pública dos Barris - Fone: 3116-8120).


Horário: 15:00. Entrada franca.
Classificação: 18 anos.


Realização: Mostra de Cinema Cine Horror.
Apoio: Sala de Cinema Walter da Silveira, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Dimas/Funceb).

Agenda
https://www.cinehorror.com.br/agenda/cine-horror-apresenta-cine-prive?id=1116
| 426 | 19/02/2024
Sessão Cine Horror do mês de março traz dois filmes cult dos anos 1970.
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