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MEGAN IS MISSING

Por: Maria Pires

Megan is Missing, EUA, 2011
Diretor: Michael Goi.
Roteiro: Michael Goi.
Elenco: Amber Perkins, Rachel Quinn, Dean Waite, Jael Elizabeth Steinmeyer, Kara Wang.
Duração: 89 min.


Sinopse: Drama baseado em fatos reais que conta a história de duas garotas que se deparam com um 'predador' da internet.


Megan Is Missing é um longa cinematográfico de terror no estilo found-footage dirigido por Michael Goi (um dos nomes por trás dos clássicos American Horror Story e Scream Queens). O longa é de 2011, mas, graças à trend recorrente do TikTok de recomendar filmes de terror perturbadores, viralizou (e não pela primeira vez nos últimos 3 anos).




Os maiores motivos que reforçam essa recente viralização? O seu status controverso, contando com um banimento na Nova Zelândia, além de afirmações ambíguas do diretor acerca de quão reais são os acontecimentos retratados no filme. Para aumentar a tensão, ao notar que o filme viralizou, Goi ainda lançou um alerta para os possíveis telespectadores, recomendando jamais assistirem ao filme à noite ou sozinhos - e ainda mencionou que se você ver as palavras “foto número um” aparecendo na tela, você tem cerca de quatro segundos para desligar o filme antes que tenha alucinações e acabe “vendo o que não quer”.


Na ambientação temos Megan, a personagem principal que, sem dúvidas, é retratada como alguém alquebrada, vítima de uma infância abusiva, alguém que se encontra presa num loop de comportamentos degenerados incompatíveis com a sua idade: apenas 14 anos.




Esta também é a idade da sua melhor amiga, Amy, uma personagem mais saudável, porém que ainda não se adaptou totalmente à fase da vida que compõe a adolescência e o fim da infância e, por isso, é vítima de bullying na escola.


Goi não se preocupou muito em desenvolver a personalidade dos personagens, pois desde o início busca deixar muito claro o seu propósito ao fazer o filme: atentar acerca de quão perigoso o uso não supervisionado da internet é para crianças. Mas isso acaba, na maioria do filme, encarado apenas como preguiça, já que as personagens, durante todo o filme, não são nada mais que produto dos seus passados. E nessa viagem de 1 hora e 20 minutos, nós assistimos ambas tomando decisões ruins de novo e de novo, sem aprenderem.





Inegavelmente o ápice do filme é o final, onde descobrimos o destino das personagens de forma explícita: Megan, que já tinha um histórico de abuso, sofreu mais tortura na mão de seu captor, um fetichista psicopata, e Amy, por se preocupar com a amiga, acabou tendo o mesmo caminho.


E esse cenário se agrava quando você descobre a realidade por trás do filme: foi baseado nos sequestros de Cleveland, onde três mulheres foram mantidas em cativeiro por um período entre 9 e 10 anos e sofreram abusos constantes, uma delas tendo 14 anos na época do sequestro.


De fato, quão bom é o filme? Ele não é revolucionário (ao menos por bons motivos) e traz elementos já conhecidos, como o clima de tensão constante do próprio subgênero, além de jumpscares, que, no contexto em que surgem, já eram esperados. Ele busca chocar e enojar por trás de uma máscara de “consciência social” acerca dos problemas que envolvem crianças e internet, mas só traz revolta, principalmente acerca da exploração tão grande da imagem sexual de personagens apresentadas como pré-adolescentes de apenas 14 anos.



Em resumo, Michael Goi busca chocar de forma barata e, sem dúvidas, consegue, mas isso não torna o filme bom ou bem escrito. Pelo contrário, afinal ele recorre a clichês com tanta frequência que o filme acaba tão cansativo quanto começou.


Trailer:


Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/megan-is-missing?id=946
| 5220 | 19/01/2023
Megan Is Missing é um longa cinematográfico de terror no estilo found-footage.
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