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Lançamento do livro O Terror no Divã – de Zé Felipe Rodriguez de Sá

 

Psicólogo disseca quatro séries clássicas do Cinema de Terror hollywoodiano em novo livro


 


Em O Terror no Divã, Zé Felipe Rodriguez de Sá mergulha fundo no universo assombroso, intrigante e cheio de reviravoltas de O Massacre da Serra Elétrica, Halloween, Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo


 


Em seu segundo livro, O Terror no Divã (Ed. Madras, 2017), o psicólogo clínico, professor e músico Zé Felipe Rodriguez de Sá se atira em queda livre nas profundezas e bastidores dos chamados slasher movies, um subgênero de filmes de terror que geralmente traz um serial killer ou assassino psicopata em busca de vingança, sangue e carnificina. Com uma narrativa bem fluente, de linguagem simples e estimulante, o autor nos conduz por suas memórias, experiências, investigações e descobertas, tanto sobre as quatro obras analisadas [O Massacre da Serra Elétrica (1974), Halloween (1978), Sexta-Feira 13 (1980) e A Hora do Pesadelo(1984)] quanto sobre os entusiastas e apreciadores dos filmes de terror, fazendo diversas analogias e leituras psicanalíticas muito precisas e coerentes. Logo no susto somos tomados pela seguinte questão: Por que assistimos a filmes de terror? O que há de monstruoso nessa audiência? Há algo de masoquista nisso tudo? Seria uma forma de extravasar nossa crueldade, nosso lado perverso? Quais as fronteiras, encontros e contradições dessas histórias, no limiar entre a vida e a morte?



Daí em diante o psicólogo e escritor vai tecendo uma teia muito lúcida entre personagens, processos criativos, aspectos biográficos, históricos, profissionais e até mesmo mitológicos sobre os acontecimentos que vagam até hoje em remakes, casos trágicos que extrapolam a ficção e uma série de mistérios, devaneios e superstições inesgotáveis que alimentam essa cadeia de produção cinematográfica.


Uma das pistas sobre o que espera os futuros leitores de O Terror no Divã nessa grande “radiografia” (“macabra” e instigante) dessas produções icônicas é o trecho a seguir: “A única coisa que sobra é saber se Freddy (Krueger) foi ou não abusado quando criança. Vemos, em Parte 6, um Freddy criança sendo caçoado pelos seus colegas de turma. Mais importante, fica implícito em outra cena que ele apanhava do seu pai adotivo (no papel, o shock-rocker Alice Cooper). Comprovadamente, todo psicopata vem de ambientes emocionalmente instáveis, o que justificaria seu comportamento já adulto.”


 


E assim Zé Felipe vai estruturando sua abordagem e a sua narrativa, numa conversa bem embasada e direta com o leitor. As ilustrações do artista visual Bruno Marcello dividem os capítulos e também nos dá sua versão imagética dessas personagens emblemáticas do cinema de terror.

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| 1116 | 13/07/2018
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