Título Original: Ma (EUA – 2019)
Direção: Tate Taylor
Roteiro: Scotty Landes.
Produção: Blumhouse Prod.
Elenco: Octavia Spencer, Diana Silvers, Juliette Lewis, Luke Evans, Missi Pyle, McKaley Miller, Corey Fogelmanis, Gianni Paolo e Dante Brow.
Duração: 99 min.
Sinopse: Maggie e seus amigos, todos menores de idade, estão tentando descolar bebidas alcóolicas em um super mercado quando conhecem Sue Ann (Octavia Spencer), uma mulher adulta que usa sua identidade para ajudá-los. Além de fornecer as bebidas, ela decide oferecer sua casa para que eles organizem uma festa com o pessoal do colégio. Os eventos acabam se tornando uma rotina do grupo, até que os jovens começam a identificar um comportamento estranho da dona da casa, que se torna cada vez mais controladora e obsessiva.
O produtor Jason Blum, e sua produtora Blumhouse, lançam mais um filme de horror/suspense. Sempre trabalhando com orçamentos baixos, a Blumhouse consegue lucros bem superiores aos investimentos, sempre apostando no horror, priorizando ideias, bons roteiros e entregando produtos satisfatórios aos fãs. Sua nova produção, intitulada de “Ma”, conta com o talento de Octavia Spencer, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por sua interpretação de Minny no filme “Histórias Cruzadas”, do diretor Tate Taylor. Spencer e Taylor são amigos de longa data, motivo que possibilitou a presença dela no novo projeto do diretor. Curioso também é ver a atriz Juliette Lewis no papel de mãe preocupada, em contraste com seus papeis mais antigos.
“Ma” é um thriller de horror em que Spencer interpreta Sue Ann, uma mulher solitária, que acaba fazendo amizade com um grupo de jovens. O filme tem como fio condutor uma adolescente, Maggie, cuja mãe volta para a cidade natal, se enturma com alguns jovens na escola. Saindo juntos, resolvem comprar bebidas, mas como não tem idade, ficam pedindo às pessoas que passam em frente à loja para que comprem por eles. A única pessoa que os ajuda é Sue Ann, uma mulher solitária que vive discretamente em uma cidade calma de Ohio e que trabalha de forma displicente numa clinica veterinária. Os jovens levam as bebidas para um local distante, e Sue Ann faz uma denuncia anônima ao pai de um dos jovens, que aciona a policia, sem maiores conseqüências. Por conta disso, na segunda vez em que eles encontram Sue Ann e pedem a ela para comprar novamente, ela vê uma oportunidade de fazer amigos, desavisados e mais novos que ela. Sue Ann oferece aos adolescentes a chance de não dirigirem depois de beber se usarem o porão da casa dela para a reunião. Mas existem algumas regras: um dos adolescentes deve ficar sóbrio. Não falar palavrões. Nunca subir as escadas. Passam, então, a chamá-la de “Ma”.
A casa de Ma vira o ponto de encontro, um refúgio para farras e bebidas, e aos poucos outros jovens passam a frequentar o local. Aos poucos ela começa a querer que os jovens estejam com ela praticamente todos os dias. A hospitalidade começa a se tornar obsessão, o que começou como uma brincadeira para os adolescentes se aos transforma em um pesadelo aterrorizante, com Ma perseguindo os jovens na escola, ligando e mandando mensagens, cada vez mais opressiva. Em paralelo a isso tudo, o filme vai mostrando flashbacks que desvendam o passado de Sue Ann, e percebe-se que a solidão, a amargura e um ódio cada vez mais forte que permeia seu ser derivam de um caso grave de bullying.
O filme acaba falando dos efeitos de como os seres humanos tratam os outros, e o que significa ser conivente, saber que algo ruim está acontecendo com alguém, mas ter medo de impedir, ou simplesmente ser egoísta. Sue Ann tem uma mente distorcida e seus atos ficam cada vez mais perversos e violentos. Mas é impossível não sentir um pouco de empatia ao perceber o quanto os fatos vividos pela personagem na adolescência tiveram um tremendo impacto em sua vida, que a fez carregar um trauma para toda a vida.
Trailer: