William Friedkin produziu um documentário chamado "O Diabo e o Padre Amorth", que segue os passos do padre italiano Gabriele Amorth, um especialista em exorcismos.
Usando como argumento central um caso de 1996, onde uma mulher afirma ser possuída pelo diabo, a produção revela a vida da arquiteta Cristina, que chegou a passar por nove exorcismos.
O longa estreou 23 de julho na Netflix e está disponível para os assinantes brasileiros.
Friedkin comentou mais detalhes do projeto:
"Na época de O Exorcista não sabíamos como era um exorcismo: inventamos tudo. Mas eu não tinha a intenção de fazer esse filme. Estava na Itália para receber um prêmio, no ano passado, decidi em um impulso pedir para um amigo teólogo para entrar em contato com o padre Amorth. Eu já sabia que ele tinha visto meu filme e o havia elogiado em um livro que escreveu".
“Eu estava com medo, com muito medo. Foi a metros de distância. E foi assustador. Mas pouco a pouco meu medo se tornou empatia por ela. Ela estava em uma dor aparentemente não natural e total”, revelou o diretor.
Depois de ver de perto o verdadeiro exorcismo, Friedkin assegurou que se soubesse não teria feito da mesma maneira “O Exorcista”, e até lamentava algumas das cenas mais clássicas do filme.
A imprensa americana chegou a citar que os momentos de possessão poderiam ter sido modificados para tornar tudo ainda mais sombrio. Mas ainda assim, a produção foi elogiada por ser uma nova referência para o gênero.
O documentário acompanha mais precisamente a sessão de exorcismo da arquiteta Cristina, que chegou a passar pelo mesmo procedimento outras 9 vezes.