Em vídeo inédito divulgado do filme O ANIMAL CORDIAL, de Gabriela Amaral Almeida, que estreia dia 9 de agosto, Murilo Benício, Luciana Paes, Jiddu Pinheiro e Camila Morgado dão uma aula de atuação. Produzido por Rodrigo Teixeira, da RT Features, com coprodução do Canal Brasil e distribuição da California Filmes, O ANIMAL CORDIAL é o primeiro slasher movie (subgêneros do terror, caracterizados, dentre outras marcas, pelo uso de violência gráfica extrema) dirigido por uma mulher no Brasil.
- Levou quase um dia para filmar esta cena - não porque fosse tecnicamente trabalhosa, mas porque há quatro vetores diferentes de atuação convivendo em torno de uma mesma situação. Foi maravilhoso acompanhar Murilo, Luciana, Camila e Jiddu descobrindo as pausas, os tons de cada fala, a respiração, os olhares, o subtexto dos diálogos. Foi uma cena incrível de filmar – conta a diretora.
A história se passa em uma única noite em um restaurante de classe média alta em São Paulo que é invadido, no fim do expediente, por dois ladrões armados. O dono do estabelecimento, o cozinheiro, uma garçonete e três clientes são rendidos e precisam lidar com a situação. O local torna-se palco dos mais diferentes embates: empregados x patrão; ricos x pobres; homens x mulheres; brancos x negros. Civilização e barbárie: os dois conceitos se alternam na claustrofobia de um espaço, que vai sendo desconstruído à medida que soluções “cordiais” se tornam impossíveis.
O gênero já faz parte do portfólio da produtora baseada em São Paulo, que tem títulos como “A Bruxa’, de Robert Eggers, e “Quando Eu Era Vivo”, de Marco Dutra. Pode-se dizer, que faz parte de uma nova onda de produção no terror no Mundo, que não busca envolver a plateia através de sustos fáceis e truques clichês. São filmes mais complexos, com diretores que dialogam com o gênero de cinema de arte e que buscam também trazer reflexões sociais.
Para Rodrigo Teixeira, esta nova forma de encarar o gênero também pode ser comercial: "Acho que existe um tipo de filme de terror que faz terror com menos clichês como uma opção de subverter o gênero de uma maneira inteligente e isso também atrai público".
O filme tem no elenco Murilo Benício (Inácio), o dono pacato do estabelecimento, Luciana Paes (Sara), a fiel garçonete do restaurante, Ernani Moraes (Amadeu), Jiddu Pinheiro (Bruno) e Camila Morgado (Verônica) como os fregueses, e Irandhir Santos na pele do cozinheiro (Djair). Completam o elenco Humberto Carrão, Ariclenes Barroso, Thais Aguiar, Eduardo Gomes e Diego Avelino.
O ANIMAL CORDIAL teve sua estreia mundial no 21º Fantasia International Film Festival no Canadá, um dos mais tradicionais festivais dedicados a filmes fantástico, de horror, terror e demais subgêneros no mundo. Depois da estreia, seguiu para Sitges (Espanha), L’Etrange (França), Razor Reel Flanders Film Festival (Bélgica), dentre outros festivais que celebram o gênero do horror e do fantástico. No Brasil, foi exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio, que deu a Murilo Benicio o prêmio de Melhor Ator; no Janela Internacional de Cinema do Recife; no Panorama Internacional Coisa de Cinema, em Salvador; no Rio Fantastik Festival, onde Gabriela Amaral Almeida levou o prêmio de melhor roteiro original, e FantasPoa 2018, que premiou Luciana Paes e Gabriela Amaral Almeida como melhor atriz e melhor diretora
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SINOPSE
Um restaurante de classe média em São Paulo é invadido, no fim do expediente, por dois ladrões armados. O dono do estabelecimento, o cozinheiro, uma garçonete e três clientes são rendidos. Entre a cruz e a espada, Inácio - o homem pacato, o chefe amistoso e cordial – precisa agir para defender seu restaurante e seus clientes dos assaltantes.
FICHA TÉCNICA:
Direção e roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Argumento: Gabriela Amaral Almeida e Luana Demange
Elenco: Murilo Benício, Luciana Paes, Ernani Moraes, Jiddu Pinheiro, Camila Morgado, Irandhir Santos, Humberto Carrão, Ariclenes Barroso, Thais Aguiar, Eduardo Gomes e Diego Avelino
Produtor: Rodrigo Teixeira
Co-produtor: Canal Brasil
Produção Executiva: Ana Kormanski, Daniel Pech e Raphael Mesquita
Direção de Fotografia: Barbara Alvarez
Direção de Arte: Denis Netto
Figurino: Diogo Costa
Maquiagem: André Anastácio
Som Direto: Gabriela Cunha
Diretora de Produção: Thais Morresi
Montador: Idê Lacreta
Desenho de som: Daniel Turini e Fernando Henna
Trilha Sonora: Rafael Cavalcanti
Supervisor de pós-produção: Henrique Viana
Idioma: Português
Gênero: Thriller/ Slasher/ Gore
Ano: 2017
País: Brasil
Classificação: 18 anos
SOBRE A DIRETORA
O ANIMAL CORDIAL é o primeiro projeto de longa-metragem de Gabriela Amaral Almeida. Diretora, roteirista e dramaturga, Gabriela é Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA (Brasil) com especialização em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de Cuba. Escreveu (e escreve) para outros diretores, como Walter Salles, Cao Hamburger e Sérgio Machado. Como diretora, realizou os curtas “Náufragos” (2010, co-dirigido com Matheus Rocha), “Uma Primavera” (2011), “A Mão que Afaga” (2012), “Terno” (2013, co-dirigido com Luana Demange) e “Estátua” (2014). O conjunto de seus curtas foi selecionado para mais de cem festivais nacionais e internacionais, tais como o Festival de Cinema de Brasília, o Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o Festival de Curtas de Nova York, dentre outros. São destaque os prêmios recebidos por algumas destas obras, como os prêmios de melhor roteiro, melhor atriz (para Luciana Paes) e prêmio da crítica no 45o Festival de Cinema de Brasília para “A Mãoque Afaga”, e os prêmios de melhor atriz (para Maeve Jinkings) e melhor roteiro para “Estátua!”, nomesmo festival, dois anos depois. Com o seu projeto de longa-metragem “A Sombra do Pai”, foi selecionada para os laboratórios de Roteiro, Direção e Música e Desenho de Som do Sundance Institute. O projeto contou com a assessoria de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction”), Marjane Satrapi (“Persépolis”), Robert Redford (“Butch Cassidy and the Sundance Kid”), dentre outros.
Seu mais recente trabalho como roteirista foi para o média-metragem “A Terra Treme”, drama ambientado na tragédia ambiental ocorrida em Mariana, Minas Gerais. Dirigido por Walter Salles, o curta integra uma antologia composta por cinco curtas, dirigidos por outros quatro diretores além de Salles: Aleksey Ferdochenko (Rússia), Madhur Bhandarkar (Índia), Jahmil X.T. Qubeka (África do Sul) e Jia Zhangke (China). O filme coletivo estreia no Festival de cinema BRICS, em Chengdu, na China, em junho deste ano (2017). Atualmente, trabalha no desenvolvimento de seu próximo longa-metragem, uma fábula de exorcismo (ainda sem título), a ser produzida também pela RT Features. Nos Estados Unidos, é agenciada pela WME.
SOBRE A RT FEATURES
Fundada e dirigida por Rodrigo Teixeira, a RT Features é uma produtora nacional e internacional de cinema e televisão, com base em São Paulo, Brasil. Dentre outras produções, seu currículo conta com os longas-metragens: O Abismo Prateado (2010), Tim Maia (2014), Alemão (2014) e o O Silêncio do Céu (2016). No exterior, a RT Features produziu os longas Frances Ha (2013), Love is Strange (2014), Indignation (2016) A Bruxa (2016). Em 2017, a RT Features esteve com duas produções internacionais Patti Cake$ e A Ciambra (2017) na Quinzena dos Realizadores em Cannes, e com a coprodução internacional Severina (2017) no Festival de Locarno. Neste mesmo ano, a empresa produziu o novo projeto de James Gray com Brad Pitt: Ad Astra que se encontra em pós-produção.
No início de 2018 estreou o primeiro longa de ficção da diretora Crystal Moselle, Skate Kitchen, no Festival de Sundance. A RT esteve também indicada aos principais prêmios do cinema com o filme de Luca Guadagnino, Call Me By Your Name (2017). Destacam-se as oito indicações no Critics' Choice Awards, o maior número de nomeações no Independent Spirit Awards, e as indicações ao 75º Globo de Ouro e ao 90º Academy Awards, onde foi premiado com o Oscar de melhor roteiro adaptado. No segundo semestre a RT irá produzir o novo filme de Robert Eggers, The Lighthouse, com Willem Dafoe e Robert Pattinson e no Brasil o novo longa de Karim Ainouz, A Vida Invisível.
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil tem um papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008 com “Lóki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante. Agora em 2017, o canal atinge a marca de 250 filmes. Sair do campo da exibição e partir também para feitura fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos uma importância imensurável dentro do cenário do cinema brasileiro recente. Entre os longas recém coproduzidos estão “Animal Cordial” de Gabriela Almeida; “Divinas Divas”, de Leandra Leal; “Não Devore o Meu Coração” de Felipe Bragança e “Pendular” de Julia Murat.
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