Countdown, 2019, EUA
Direção: Justin Dec
Roteiro: Justin Dec
Elenco: Elizabeth Lail, Jordan Calloway, Talitha Bateman.
Duração: 1h31min
Sinopse: Uma jovem enfermeira baixa um aplicativo que promete prever o momento e a data da morte das pessoas. Quando o aplicativo indica que ela tem três dias de vida restantes, a enfermeira luta por sua sobrevivência ao mesmo tempo em que enfrenta uma misteriosa criatura que a assombra
Como um filme com uma boa proposta pode ser destruído? Quando se apela para uma abordagem narrativa previsível que beira o tédio. Além do terrível uso do jump scare como elemento típico de filmes sem criatividade para construir uma ambiência de perturbação, o apelo estético é quase inexistente, frágil e mal utilizado. Os sons altos de tais produções desse gênero me cansam demasiadamente porque sempre são utilizados nos mesmos contextos reforçando a experiência desagradável. Antes de me tornar uma Técnica de Som direto e foley artist eu já era bastante exigente com a qualidade construtiva do som enquanto possibilidade narrativa.
É um verdadeiro dissabor passar por tamanha experiência em pleno 2020. Se ao menos fosse bem executado, poderia ser um filme aceitável. A maneira como os eventos são apresentados e resolvidos ocorrem num tempo com estrutura precária, dando margem para um final medíocre.
Não é possível fruir este filme, mas ao menos é válido considerar as mensagens importantes que ele traz a tona como o valor das pessoas e sua relação com elas em detrimento da prisão causada pelos aplicativos e smartphones. E principalmente, um pequeno alerta para a conscientização sobre o uso de aplicativos sem a devida leitura dos termos de utilização. Seria interessante considerar a possibilidade de que tais termos fossem escritos de maneira mais nítida, direta, com linguagem de simples compreensão e acima de tudo com poucas páginas explicando todos os meandros solicitados daquele que o utiliza. Metaforicamente, as consequências podem ser fatais - ou não.
Não é recomendado tal filme, pois não serve nem como entretenimento barato, seria uma verdadeira perda de dinheiro.
