Hocus Pocus 2. 2022, EUA
Direção: Anne Fletcher
Roteiro: Jen D’Angelo
Elenco: Bette Midler, Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy
Duração: 1h43
Sinopse: Jovens acidentalmente trazem de volta as irmãs Sanderson para a moderna Salem e precisam descobrir como parar as bruxas famintas por crianças de causar uma devastação no mundo.
Exceto pelo efeito emocional causado pelo desfecho, Abracadabra foi criado para evocar o riso. A cena de contextualização de Salem é bastante artificial, mas realiza uma apresentação satisfatória para o enredo. A história mostra o retorno das Bruxas a Salem após terem sido despertas em 1993. O desenvolvimento constrói uma dinâmica de três atos simultâneos e se envereda por ele até os pontos se conectarem e tudo se encaminhar para o desfecho da narrativa.
Existe uma falha lógica porque elas foram invocadas em 1993 e teoricamente já deveriam saber o que é luz e porta automática, mas isso não afeta a diversão do filme que ao optar pela ignorância aos elementos do cotidiano tornam as reações muito engraçadas para quem assiste. Esse projeto se caracteriza por reações caricatas das personagens desde o primeiro filme.
É importante frisar que a história do primeiro filme difere da versão que fora construída neste algo que não é compreensível já que o enredo faz questão de apontar uma conexão entre os dois. Inclusive nos mostra que um dos personagens do filme atual fora responsável por despertar as bruxas em 1993 o que não ocorreu por ele, mas por outro personagem que sequer aparece nesta sequência.
Também é possível notar uma relação estranha entre o posicionamento de câmera e quebra de quarta parede pelas irmãs que nos dão a sensação de que elas nunca estão olhando diretamente para a câmera. Da mesma forma que a interação do trio Sanderson com os demais personagens não parece ocorrer simultaneamente. Elas sempre parecem estar conectadas entre si, vivendo a sua própria realidade paralela às pessoas que estão ao redor. Em determinado momento é justamente essa desconexão que gera o efeito de comicidade. A experiência geral é divertida, mas o filme em si não é memorável.
Com um salto temporal, Riley se encontra mais velha, passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções.