EUA, 2024.
Direção: Fede Alvarez
Roteiro: Fede Alvarez, Rodo Sayagues, Dan O'Bannon.
Elenco: Cailee Spaeny, Isabela Merced, David Jonsson, Archie Renaux, Spike Fearn e Aileen Wu.
Duração: 119 min.
Sinopse: Enquanto exploram as profundezas de uma estação espacial abandonada, um grupo de jovens colonizadores espaciais se depara com a forma de vida mais aterrorizante do universo.
Nono filme da franquia ”Alien”, “Alien: Romulus” é ambientado entre o primeiro longa, lançado em 1979, e o segundo, “Aliens: O Resgate”, que estreou em 1986 e foi dirigido por James Cameron. O filme original era um (e ainda é) um dos filmes mais assustadores e tensos da ficção cientifica, praticamente um filme de horror no espaço (não à toa a chamada do filme era “No espaço ninguém pode ouvir você gritar...”). O filme original, um clássico do cinema fantástico, apresentou ao mundo a figura do xenomorfo, uma criatura assustadoramente mortal que trazido a bordo da nave mineradora Nostromo dizima quase todos os tripulantes. A tenente Ellen Ripley consegue escapar da nave, que se autodestrói, e a criatura é dada como morta, lançada no espaço após a fuga de Ripley, que vaga a deriva no espaço em criogenia, sendo resgatada décadas depois. Quanto a criatura, pensava-se que estava morta, e este é o ponto de partida do atual filme da franquia.
“Alien: Romulus” começa com cientistas descobrindo os escombros da Nostromo e encontrando a criatura, aparentemente sem vida e trazida a borda da estação espacial. Em seguida somos apresentados a Rain Carradine, uma jovem que sonha em uma vida melhor, em um planeta rural onde seria possível ver o sol, já que ela reside e trabalha desde sempre num planeta de mineração, escuro, sem luz natural, coberto de nuvens densas e com tempestades elétricas. O regime de trabalho do planeta gerido pela companhia Weyland-Yutani é praticamente de semi-escravidão, onde eles tem que trabalhar para quitar débitos,e trapaceados para que nunca saldem as dividas. Rain e seu “irmão” Andy, um andróide da companhia, com um sistema defasado e mente quase infantil, se junta a amigos que querem invadir uma recém descoberta estação à deriva na orbita do planeta, roubar os tubos de criogenia e fugir para um planeta agrícola a anos-luz, em uma viagem de 9 anos. Para invadir a nave , que pertence a companhia Weyland-Yutani, eles precisam de Andy, hostilizado constantemente por um dos personagens que odeia vida artificial.
A bordo da estação eles se deparam com um andróide danificado, com as feições (geradas por CGI) do ator Ian Holm (que personificou um andróide igual no filme original, e que igualmente pensa na companhia e na preservação dos genes aliens em detrimento à vida humana). Ao tentarem roubar combustível para as camaras de criogenia, eles libertam dezenas de facehuggers, sendo que um consegue infectar um dos jovens, gerando um xenormorfo. A partir daí é uma corrida pela sobrevivência, na tentativa de escapar das muitas criaturas de sangue ácido que infestam a nave, num verdadeiro trem-fantasma espacial.
Em “Alien: Romulus” nota-se diversas referencias ao filme original: temos cenas que remetem aos outros filmes da franquia: como Rain andando pela nave com uma arma militar, como Ripley em “Aliens, O Resgate” (1986), os cientistas que querem preservar e estudar a criatura de “Alien 3” (1992), os híbridos de “Alien – A Ressurreição” (1997), “Prometheus” (2012) e “Alien: Covenant” (2017), sem citar as referencias ao assustador e claustrofóbico jogo “Alien Isolation” (2014).
Mesmo assim, com todas as referencias, sejam explicitas ou implícitas, Fede Alvarez conseguiu resgatar a franquia, tirando o gosto amargo dos filmes anteriores, dirigidos de forma equivocada pelo Ridley Scott (embora eu goste de “Prometheus”, sendo um bom filme...). Bom citar que as origens da companhia Weyland-Yutani aparecem, assim como o Xenomorfo, nos filmes “Alien vs. Predador” (2004) e “Alien vs. Predador 2” (2007).
“Alien: Romulus” presta reverência ao filme original, acertando no tom: é uma ficção cientifica de primeira e um excelente filme de horror. Há momentos realmente assustadores, com uma tensão bem palpável, sendo um dos melhores filmes da franquia e um dos melhores de 2024.
Trailer:
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