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BRIGHTBURN: FILHO DAS TREVAS

Por: Val Oliveira

Título Original: BrightBurn (EUA – 2019)
Direção: David Yarovesky
Roteiro: Brian Gunn, Mark Gunn.
Produção: James Gunn, Kenneth Huang.
Elenco: Elizabeth Banks, Meredith Hagner, David Denman, Matt Jones, Gregory Alan Williams, Jennifer Holland, Steve Agee, Becky Wahlstrom, Jackson A. Dunn e Christian Finlayson.
Duração: 91 min.


Sinopse: Quando uma criança alienígena cai no terreno de um casal da parte rural dos Estados Unidos, eles decidem criar o menino como seu filho. Porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive, se tornando uma força obscura na Terra.




Brightburn: Filho das Trevas, filme de baixo orçamento (estimado em US$ 7 milhões), produzido por James Gunn (Guardiões da Galáxia) e escrito por Brian Gunn e Mark Gunn (respectivamente irmão e primo de James), conta basicamente a história de como seria um Superman, que ainda entrando na adolescência, se tornasse uma criatura extremamente poderosa, maligna e disposta a matar e dominar todo o planeta.


O filme traça vários paralelos com a mitologia do Superman, colocando referências dos quadrinhos e filmes durante os seus pouco mais de 90 minutos. Entre os filmes que se enxergam citações, podemos citar o do diretor Bryan Singer (Superman – O Retorno, 2006), na referencia a cena onde é mostrada a fazenda e a caixa de correios. 



Brightburn conta a história de Brandon Breyer (Jackson A. Dunn), que chega à terra ainda bebê, a bordo de uma nave espacial. Ele é encontrado pelo casal Breyer, interpretados por Elizabeth Banks e David Denman, que tentavam ter filhos há anos e consideram a vinda do bebê como uma bênção dos céus, eles ecidem esconder no celeiro e adotar a criança. Um salto temporal e vemos Brandon na escola, onde demonstra uma inteligência ajudando o pai a cuidar da fazenda. Realizando uma das tarefas, Brandon descobre que possui uma força incrível, e começa descobrir outras habilidade enquanto é possuído mentalmente por uma força que é proveniente da nave que o trouxe – que passa a controlar suas ações e modificar seu comportamento e direcionando seus objetivos. Ele alterna momentos de lucidez e inseguranças com brutalidade e sadismo extremo. Brandon aos poucos vai aterrorizando a cidade de Brightburn e matando as pessoas com extrema violência, sem demonstrar remorso.



O filme tem um ritmo que se inicia cadenciado, orquestrando momentos de tensão e acelerando até seu final, com cenas marcantes, com um excelente gore e efeitos práticos maravilhosos. Entre os atores, se destaca Elizabeth Banks, que já esteve com James Gunn em Seres Rastejantes (Slither, 2006). No papel da mãe adotiva de Brandon, ela mostra uma interpretação maravilhosa, onde se mostra uma mãe que sai de uma fase que se dedica a uma criança que veio de lugar desconhecido com todo amor possível, até o momento dramático onde ela fica entre amar um futuro genocida ou pensar em como deter a criança que criou como se fosse sua. Jackson A. Dunn também consegue uma boa atuação, passando de uma criança insegura, entrando na adolescência (que até rende uma boa piada no filme) a uma criatura sinistra. Inclusive abre uma discussão sobre distúrbios infantis que se não prevenidos podem vir a se tornar agravantes como psicopatia e como tal fato pode vir a afetar os pais.



David Yarovesky tem um envolvimento com os trabalhos de James Gunn tendo sido um dos Ravengers de Guardiões da Galáxia Vol. 2 e dirigido o clip Guardians of the Galaxy: Inferno, que teve a participação de David Hasselhoff. Com exceção de alguns pequenos lapsos no roteiro, o filme é uma diversão agradável, com narrativa enxuta e que mostra o que se propõe, com boas reviravoltas, tensão e cenas sangrentas, e um final em aberto fantástico. E as cenas pós-créditos trazem Michael Hooker, colaborador habitual de James Gunn em uma participação alucinada e paranóica.


  


 “Brightburn – Filho das Trevas” estreia nessa quinta (23) nos cinemas de todo o Brasil.


 


 

Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/brightburn-filho-das-trevas?id=282
| 1670 | 23/05/2019
Brightburn – Filho das Trevas, dirigido por David Yarovesky e produzido por James Gunn, nos apresenta uma versão alternativa do Superman, onde ele se torna uma criatura maligna disposta a dominar o planeta.
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