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DUAS BRUXAS - A HERANÇA DIABÓLICA

Por: Ivan Rios (O Mago Supremo)

Two Witches, 2023, EUA 


DIREÇÃO: Pierre Tsigaridis.


ELENCO: Rebekah Kennedy, Belle Adams, Tim Fox, Ian Michaels, Marina Parodi, Danielle Kennedy, Rachel Kerbs, e Kristina Klebe — que coescreveu o roteiro junto de, Maxime Rancon e Tsigaridis..


ROTEIRO: Kristina Klebe, Maxime Rancon, Pierre Tsigaridis.


Duração: 98 min.


DISTRIBUIÇÃO: Synapse Distribution


SINOPSE: A grávida Sarah (Belle Adams) durante o que deveria ser um jantar romântico com o seu parceiro cético Simon (Ian Michaels) encontra no restaurante uma mulher misteriosamente assustadora (Marina Parodi), o que acredita se tratar de uma bruxa. Uma série de fenômenos e visões sobrenaturais começam a atormentar a vida da gestante.


Após visita a um casal de amigos, estes decidem ajudar Sarah através de consulta com um tabuleiro de Ouija, o que desencadeia a materialização de poderosas forças ocultas.


Masha (Rebekah Kennedy) é uma jovem voluptuosa, lasciva e ambiciosa que descende de uma linhagem macabra, cuja morte da sua avó elevaria seus poderes ocultos.


 


Com estreia prevista para 02 de março, o filme relativamente aclamado nos festivais ao qual participou, é dividido em três partes, sendo dois capítulos e um epílogo, o primeiro capítulo “Bicho Papão” promove uma imersão no “terror gore”. Tudo começa quando Sarah (Belle Adams), uma simpática jovem recém gestante, resolve jantar com seu companheiro Simon (Ian Michaels) em um restaurante. Inesperadamente ela percebe que uma mulher misteriosa e assustadora a está observando, não muito demora para que a partir de então fenômenos, visões e sonhos envolvendo a dita mulher comece a atormentar a vida da jovem gestante. Seu companheiro, sempre muito cético, insistentemente desacredita a mesma quanto aos eventos sobrenaturais e atribui estes a meros sintomas da gravidez.


O enredo até tenta ganhar fôlego quando a jovem gravida e seu companheiro visitam um casal de amigos fascinados por práticas e artefatos esotéricos. De alguma forma estes buscam ajudar Sarah a se livrar da aludida perseguição maligna que está sofrendo. Justamente nesse contexto o filme reserva as passagens com maior estado de exaltação.


Nesse capitulo, “Bicho Papão”, o roteiro é disforme, cuja narrativa confusa deixa o expectador a mercê dos constantes clichês, que buscam simplesmente promover o susto sem a necessária preocupação em estabelecer sentido a trama, torna o filme um tanto quanto sofrível do ponto de vista de quem cria maior expectativa quanto a uma “história minimamente bem contada”.


Assim, embora os elementos dispostos nesse capitulo da obra sejam repletos de forte simbologia: a grávida, a bruxa, o bebê e até mesmo a consulta com um tabuleiro de Ouija, há uma evidente pobreza na exploração destes elementos em detrimento a uma narrativa mais coesa e linear, ou seja, o expectador fica à deriva entre clichês, sustos, e passagens mirabolantes que torna o filme nesse capitulo muito mais caótico do que surpreendente.


O capítulo seguinte cujo título leva o nome da protagonista “Masha”, conta a história da jovem de personalidade difícil e imersa em relacionamentos tóxicos e mal resolvidos que divide aluguel com a pacata Rachel (Kristina Klebe), que por sua vez vive um relacionamento sereno, apaixonado e reciproco com Charlie (Clint Glenn), não obstante, a realidade vivida por Rachel desperta vigorosa inveja por parte de Masha que não demora a revelar seu lado mais oculto.


Nessa altura do filme a história assume uma dinâmica mais bem elaborada, com roteiro mais fluído e coeso, ao contrário do capítulo anterior. A “pegada gore” dá lugar a um suspense sobrenatural mais refinado, com elementos de terror psicológicos que torna mais cativante a experiência do(a) expectador(a). Ousaria dizer que a participação da roteirista Kristina Klebe, no papel da Rachel talvez tenha sido fundamental para essa diferença de perspectiva dentro do próprio filme.


Como forma de estabelecer o elo direto com o capítulo anterior o casal de jovens fascinados por práticas e artefatos esotéricos retornam a narrativa do filme e cruzam o caminho de Masha, cujo desdobramento desse encontro revelará um desfecho surpreendente.


Investida na ideia de ser herdeira direta dos poderes macabros da sua avó, a jovem voluptuosa, lasciva e vaidosa não titubeia na sua ambição por poderes sobrenaturais, deixando o rastro de sangue e terror por onde passa. Só que o desenrolar da história a colocará frente a frente com o seu maior temor.


Por fim, em “Epilogo”, a jovem Sarah reaparece para revelar o trágico e famélico desfecho da sua gravidez, esse sinceramente considero o ápice, unindo em definitivo os eixos de um filme que tinha absolutamente tudo para ser mediano, mas graças a habilidade e ao revés roteiristico conseguiu desdobrar satisfatoriamente a narrativa. Detalhe, a direção deixa de forma escrachadamente óbvia no final que haverá continuação...



INSTAGRAM: @ivansouzarios

Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/duas-bruxas-a-heranca-diabolica?id=957
| 413 | 01/03/2023
"Duas Bruxas -- A Herança Diabólica" (Two Witches), dirigido por Pierre Tsigaridis, chega às salas de cinema de todo o Brasil em 2 de março, com distribuição da Synapse Distribution. A produção passou por festivais internacionais FilmQuest, Freak Show Horror Film Festival e Grimmfest e saiu, respectivamente, com os prêmios Best Editing, Best FX Makeup e Best Scare Award.
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