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FRATURA

Por: Susana Costa

Classificado pelo diretor como uma tragédia com tons de terror, “Fratura” é um filme de suspense escrito por Alan B McElroy e dirigido por Brad Anderson. O longa conta a historia de Ray Monroe (interpretado por Sam Worthington), que durante uma viagem juntamente com sua esposa e filha, acaba parando o carro em um posto, onde a filha cai em meio a uma obra inacabada, e ele em uma tentativa desesperada de segurá-la termina caindo também. Aparentemente sua filha só quebra o braço e ele levanta atordoado, mas somente com uma leve lesão na cabeça, após o incidente eles se direcionam para o hospital mais próximo, onde é sugerido pelo médico que a menina realize uma tomografia para garantir que ela está bem. Assim, mãe e filha vão juntas para o laboratório e Ray termina dormindo enquanto espera por elas no saguão, após horas de espera ele descobre que elas não se encontram mais no hospital e não há nenhum registro de que estiveram lá, e assim começa a busca por sua família.


 


Fratura é uma mistura de ação, terror e suspense, que te faz criar teorias o tempo inteiro. O roteiro consegue fugir da jornada do herói que estamos acostumados, apesar de que as novas produções estão com foco mais em finais abertos e não muito felizes. McElroy te faz acreditar que há essa jornada, te faz acreditar na possibilidade mais plausível, e te conduz a identificação com o personagem quando o caso é proteger quem você ama. E somente nos últimos minutos vemos a reviravolta dessa jornada, onde no psicológico do personagem ele cumpriu essa jornada e retorna para casa após salvar sua esposa e filha, mas no mundo real acontece essa quebra em que nos é revelado que tudo não passava da criação de uma realidade alternativa que o cérebro dele criou por não poder lidar com mais outra perda. De acordo com estudos, o cérebro pode fabricar fatos, para dar conta do excesso de informação, caracterizado como transtorno dissociativo. Essa quebra de expectativa e a expressão final do personagem como se soubesse que nada daquilo estava certo, causa uma confusão em nossa mente através da sua ambiguidade.



Durante todo o filme, é cobrado do personagem atitudes que o coloquem como o herói da família aquele ao qual a família se sustenta, e na cena final ele traz em sua expressão o senso de ter alcançado esse objetivo de proteger e salvar. Anderson conta que quis adicionar uma ambigüidade para esse personagem onde após ele esboçar essa expressão de conquista, ele fecha a cara, como se ele tivesse percebido que aquilo não passa de uma ilusão. E assim nos abre mais uma gama de vertentes, em onde essa história irá acabar. Ele alguma hora voltará para a realidade? Ou ele sabe da sua realidade, mas prefere acreditar na ilusão?


Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/fratura?id=467
| 2499 | 15/10/2019
Sua mulher e a filha desapareceram de um pronto-socorro. Convencido de que o hospital está escondendo algo, ele parte numa busca desesperada para encontrá-las
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