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FRONTEIRAS DO MEDO: QUANDO HOLLYWOOD REFILMA O HORROR JAPONÊS

Por: Carol Malta

Autor: Filipe Falcão
Editora Estronho,
1ª edição – 2015
184 páginas (P&B) em OffSet 75g (com tratamento em cinza)


Fronteiras do Medo é um livro escrito pelo jornalista Filipe Falcão, formado e com especialização em Jornalismo Cultural na Universidade Católica de Pernambuco. Esse livro foi escrito a partir do projeto acadêmico de pós-graduação, por isso é muito bem elaborado e organizado com boa diagramação e linguagem acessível aos fãs do entretenimento.


A obra apresentada promete mostrar como Hollywood tornou o terror japonês ou J Horror mais comercial, as diferenças de cada cinema na arte e na cultura dos dois países e fala especificamente o filme Ringu (1998) e a refilmagem americana O Chamado (2002).



Sobre a divisão do livro, a primeira parte fala de como as refilmagens compõem boa parte do cinema de terror e é uma forma de manter os fãs do filme original em um contexto atual e com efeitos seguindo as inovações tecnológicas, ele compara inclusive orçamentos de filmes originais que viraram clássicos com alto rendimento e alguns remakes muito mais dispendiosos.


Já a segunda parte fala de como o cinema de terror é feito no Japão para o público japonês, e conta sobre lendas do país. Em Hollywood a proposta é muito mais comercial num contexto internacional, tanto que existem padrões de filmes como Trash, Gore, Slasher e Torture Porn.


A terceira parte é uma comparação entre os dois filmes apresentados. É possível perceber com mais intensidade que não é um livro apenas sobre o horror, mas sobre a influência cultural de onde ele é construído. Tem a visão oriental do espírito que está sofrendo porque o mundo foi injusto e a ocidental em que ele é visto como um vilão. Além disso, na construção das protagonistas mulheres na trama, no J Horror é possível perceber a presença forte do patriarcalismo, com uma mulher que não consegue resolver o problema sem um homem, e a alteração de Hollywood para o papel da mulher na sociedade atual do século XXI.



É possível perceber devido a análises nos áudios do filme que o japonês segue a linha de mais silêncio que o filme norte americano, e mais uma vez pode-se perceber essa influência cultural de como o medo é atiçado no público alvo. Em Ringu o filme é muito mais baixo, com mais tempos de silêncio, e possui 3 momentos de efeito surpresa. Já O Chamado possui 7 momentos devido a necessidade de manter o público preso e com a constância de sons ambientes ou alguma trilha sonora que aumenta e diminui com base no acontecimento.


Assim, Fronteiras do Medo, de Filipe Falcão, é uma obra muito bem feita que fala de forma clara e comparativa sobre o processo de criação do medo e as formas sutis em que ele aparece, e isso vai muito além do visual. Agora que você leu até aqui, você tem sete dias para comprar seu livro e conhecer mais um pouco sobre o cinema de terror.


 


Onde Comprar:


Editora Estronho


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Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/fronteiras-do-medo-quando-hollywood-refilma-o-horror-japones?id=954
| 365 | 23/02/2023
Fronteiras do Medo, de Filipe Falcão, é uma obra muito bem feita que fala de forma clara e comparativa sobre o processo de criação do medo e as formas sutis em que ele aparece.
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