GODZILLA 2 – REI DOS MONSTROS

Título Original: Godzilla: King of the Monsters (EUA/Japão – 2019)
Direção: Michael Dougherty
Roteiro: Michael Dougherty, Zach Shields, Max Borenstein.
Produção: Warner Bros. Pictures e Legendary Pictures.
Elenco: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Ken Watanabe, Sally Hawkins, Bradley Whitford, Charles Dance, Zhang Ziyi, O'Shea Jackson Jr., Thomas Middleditch, Aisha Hinds, Anthony Ramos, Randy Havens, Jonathan Howard, Elizabeth Ludlow, Van Marten, Lexi Rabe.
Duração: 132 min.

Sinopse: A história inédita acompanha os esforços heroicos da agência cripto-zoológica Monarch à medida que seus membros enfrentam uma sequência de monstros gigantescos, incluindo o poderoso Godzilla, que luta contra Mothra, Rodan e seu arqui-inimigo de três cabeças, King Ghidorah. Quando estas criaturas milenares – que se acreditava serem mitos – ressurgem, elas lutam pela supremacia, colocando em risco a existência da humanidade.

Godzilla 2: Rei dos Monstros é parte do chamado “Monsterverse” criado pela Legendary Pictures, ambicioso projeto que teve inicio com “Godzilla” (2014) e “Kong: A Ilha da Caveira” (2017). O filme de 2014 trouxe uma versão da criatura que nos fez esquecer a criatura meio velociraptor do filme de 1998, de Roland Emmerich, respeitando mais o físico “parrudo” da criatura dos filmes nipônicos. O filme de 2014, mais focado no drama humano, decepcionou que esperava ver os monstros com maior tempo em tela. O novo filme, dirigido por Michael Dougherty (Krampus: O Terror do Natal) remedia isso de forma intensa, trazendo um verdadeiro panteão de titãs: Mothra, Rodan e King Ghidorah. O novo filme mostra o quanto os produtores conhecem respeitam o material original, não apenas trazendo os monstros clássicos da Toho, mas inserindo citações, referências a diversos filmes. Para alegria dos fãs, a nova trilha sonora de autoria de Bear McCreary, faz reinterpretações das músicas criadas por Akira Ifukube para os filmes originais, entre elas o marcante tema do Gojira japonês.

Godzilla 2: Rei dos Monstros dá sequência aos acontecimentos do filme anterior, com as consequências da revelação dos monstros ao mundo e a destruição de São Francisco, na batalha entre Godzilla e os MOTU. A Monarch, agora controla e monitora outros 17 titãs ao redor do mundo (um inclusive se localiza no Rio de Janeiro!). Os chamados “titãs” se encontram em estágio de hibernação ou contenção. O único que está livre é o Godzilla. Organizações governamentais discutem se os monstros devem ou não ser exterminados para a preservação da raça humana. Nesse contexto, uma das instalações da Monarch é destruída e sua cientista principal é seqüestrada junto com a filha por grupo de ecoterroristas acredita que os monstros são uma espécie de “cura” do planeta contra a ação dos humanos, e que devem ser libertados para limpar a Terra. Com um dispositivo chamado Orca, que eles utilizam como uma espécie de vocalizador, eles soltam o monstruoso Ghidorah, que começa a controlar outras criaturas, que começam a destruir tudo ao seu redor. O primeiro ato é lento, se dedicando a apresentar os protagonistas, mostrar o surgimento dos novos monstros e relembrar os acontecimentos de 2014, e do filme do King Kong (que se passa em 1973). Depois disso, a tensão vai crescendo e a ação se torna continua e fluida. O filme entrega tudo que os fãs esperavam ver, monstros brigando e destruindo tudo ao seu redor, com dezenas de easter eggs (quem se lembra das gêmeas do filme Mothra?) até o épico final.

Godzilla 2: Rei dos Monstros realmente empolga e funciona, arrepiando a espinha, com ótimos efeitos, uma boa fotografia, que dá cores específicas para cada titã (Ghidorah, tem uma iluminação que varia entre o amarelo e cinza, Mothra, tem um belíssimo azul neon).

Godzilla 2: Rei dos Monstros, ao investir em lutas colossais, elevou o nível épico de filmes do gênero kaiju. E não saiam após aparecer os créditos: existe uma cena pós-créditos que dá uma dica de como poderá ser Godzilla Vs. Kong, produção programada para ser lançada em 2020.

Trailer: