TÍTULO ORIGINAL: Godzilla x Kong: The New Empire | Ano de Produção 2024 | EUA
DIREÇÃO: Adam Wingard
ELENCO: Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Dan Stevens
ROTEIRO: Terry Rossio, Simon Barrett
DURAÇÃO: 115 minutos
DISTRIBUIÇÃO: Warner Bros Pictures
SINOPSE: Em "Godzilla e Kong: O Novo Império", um novo capítulo se desenrola no MonsterVerse. Anteriormente adversários em Godzilla vs Kong, o poderoso Kong e o temível Godzilla agora se unem para enfrentar uma colossal ameaça mítica, escondida no mundo dos humanos, que ameaça não apenas a existência de Godzilla e Kong, mas também a nossa espécie.
A aventura leva-os a mergulhar profundamente nos mistérios da Ilha da Caveira e nas origens da Terra Oca. Lá, eles descobrem uma civilização perdida que adorava os Titãs como deuses e encontram uma antiga relíquia que revela a verdadeira origem de sua espécie e o propósito de sua existência.
Esta ameaça mítica, despertada pelas atividades humanas, ameaça destruir tanto a Terra Oca quanto a superfície. Com a ajuda de cientistas humanos e a sabedoria antiga da civilização perdida, Godzilla e Kong devem aprender a controlar seus instintos primitivos e usar seus poderes de maneiras inimagináveis para derrotar essa ameaça.
À medida que a batalha se desenrola, a humanidade é forçada a confrontar as consequências de suas ações e a verdadeira relação entre os humanos e os Titãs. A luta pela sobrevivência se torna uma jornada de autodescoberta para Godzilla e Kong, que devem aceitar seu destino como protetores da Terra e guias para a humanidade.
"Godzilla e Kong: O Novo Império" é uma história épica de amizade, sacrifício e redenção que redefine o MonsterVerse e estabelece um novo capítulo emocionante para o futuro.
RESENHA:
Este filme pode ser analisado sob várias óticas e perspectivas. Certamente ao que se propõe, ser um sucesso de bilheteria, levando em conta os efeitos especiais, visuais e sonoros, a magnitude desta obra é indiscutível. Assistindo na sala IMAX, como no nosso caso, a experiência se torna ainda potencializada de forma descomunal.
A filmografia é digna de grande apreço. As cenas de combate entre Godzilla e Kong são memoráveis, com cada golpe e rugido capturados em detalhes surpreendentes. A Terra Oca, em particular, é um prazer para os olhos, com sua paisagem primitiva e repleta de incontáveis criaturas lendárias.
No entanto, o que incomoda neste filme é a maneira desajeitada como o roteiro é conduzido, submetendo o espectador a uma tensão desnecessária e até contraditória. Embora obras de ficção não precisem necessariamente ter uma lógica evidente, neste caso, há uma falta de substância dramática que gere no espectador algo além da contemplação de cenas majestosas e batalhas monumentais. Esses momentos visuais deslumbrantes são ofuscados pela falta de uma narrativa coesa. Em muitos momentos, lembra a saga Avatar, que também é do tipo de obra que não gera nada além do mero efeito visual. Em suma, NÃO DÁ TESÃO!
O filme também peca pelo excesso de personagens, muitos dos quais não contribuem significativamente para a trama, são inúteis e desnecessários para um objetivo de desenvolvimento da trama. Embora o elenco seja razoavelmente talentoso, seus personagens são subdesenvolvidos e muitas vezes se perdem no caos das cenas de ação. Isso resulta em uma desconexão entre o público e os personagens humanos, tornando difícil se importar com seus destinos, ou seja, não há como estabelecer a necessária empatia com eles.
Em última análise, "Godzilla X Kong: O Novo Império", apesar de sua espetacularidade cinematográfica, não consegue entregar um desfecho que satisfaça as expectativas. Mesmo com suas cenas de ação de tirar o fôlego e efeitos visuais deslumbrantes, o filme termina de maneira abrupta e sem uma resolução clara. Isso deixa o público ansiando por mais e questionando o propósito da jornada. "Godzilla X Kong: O Novo Império" serve como um lembrete de que um bom filme precisa de mais do que apenas efeitos visuais impressionantes; ele necessita de uma história envolvente e personagens cativantes, além de um drama necessário com o qual o público possa se conectar. Este é um aspecto fundamental dentro da perspectiva cinematográfica.
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