Coup de chance, 2023, França/UK.
Direção: Woody Allen.
Elenco: Lou de Laâge, Valérie Lemercier, Melvil Poupaud.
Duração: 1h 36m.
Sinopse: Fanny e Jean são parceiros que têm tudo o que um casal ideal queira ter. Um dia ela tem os seus caminhos cruzados com Alain e passa a entender que está vivendo uma vida da qual não gostaria, abrindo margem aos conflitos.
Woody Allen volta a cidade de Paris no seu 50º filme e conta a história de Fanny (Lou de Laâge) e Jean (Melvil Poupaud), um casal aparentemente realizado, que possui tudo o que um par poderia querer: estabilidade profissional, dinheiro, um belo apartamento e uma boa dinâmica matrimonial. Contudo, certo dia Fanny cruza com Alain (Niels Schneider) pelas ruas da cidade luz, um antigo colega de colégio, que agora é escritor e revela sempre ter sido apaixonado por ela, desde quando adolescentes.
Como um bom conquistador Alain cerca Fanny, que se vê encantada pelo ex-colega de colégio e passa a perceber que a vida “perfeita” que levava não era exatamente o que desejava, a cada encontro dos dois o romance se aflora e faz com que a história ganhe uma série de eventos inesperados a partir da desconfiança de Jean, o marido de Fanny.
O novo longa escrito e dirigido por Allen definitivamente não é uma grande história de amor, assim como não é uma boa comédia romântica e muito menos um excelente suspense. Apesar de passear pelos três gêneros desempenha uma performance mediana e pouco envolvente em cada uma das categorias.
A dinâmica de “conquista” apresentada no longa é monótona e pouco interessante. Alain parece ser sedutor apenas aos olhos de Fanny, mas a sua desenvoltura pouco cativa o espectador, ficando difícil torcer pelo relacionamento extraconjugal dos dois, ao passo que também não nos sensibiliza as dores do traído Jean.
Com senso de humor pouco escrachado, mas também não refinado, o riso vem à tona em momentos muito específicos, mas que não funcionam como alívio cômico, bem como não despertam a profundidade de uma boa gargalhada.
O suspense gira em torno da possível descoberta de Jean sobre a traição de Fanny. Mas até esse ponto também não despertam a ansiedade e a excitação que deveria. Contudo, após Jean se certificar da traição de Fanny, Woody Allen propõe no longa uma dinâmica absurda (e muito interessante) protagonizada pelo marido de Fanny e é isso que nos faz ter vontade de continuar assistindo o longa.
Caso consiga chegar até o fim prepare-se para ter um pouco de excitação e uma reviravolta tragicômica aos quarenta e oito minutos do segundo tempo e que nos faz sair da sala de cinema com a sensação de que o filme foi mais divertido do que realmente é.
Nota: 6/10
Enquanto uma misteriosa doença assola o planeta, Paul, sua esposa Sarah, e o filho adolescente dos dois, Travis, vivem reclusos numa casa de campo.