Título Original: Scary Stories to Tell in the Dark
Direção: André Øvredal
Roteiro: Dan Hageman, Kevin Hageman, Guillermo del Toro
Produção: Jason F. Brown, J. Miles Dale, Sean Daniel, Guillermo del Toro, Elizabeth Grave
Elenco: Stella Nicholls, Michael Garza, Gabriel Rush, Austin Zajur, Lorraine Toussaint, Natalie Ganzhorn, Austin Abrams, Kathleen Pollard
Duração: 1h51
Sinopse: Baseado na trilogia de livros homônima, a história se passa nos Estados Unidos, em 1968, onde um grupo de adolescentes encontram um livro escrito por Sarah Bellows, uma jovem que oculta terríveis segredos e é considerada uma lenda urbana na cidade. Ao ler as páginas de suas histórias assustadoras, os adolescentes se veem presos em pesadelos e contos de horror que, a cada página, se tornam realidade.
Histórias Assustadoras apresenta uma série de contos ao longo de 1 hora e 50 minutos de filme. Você está pronto a dispor sua energia? Boa sorte. O filme traz aspectos bons em aspectos técnicos e ruins no quantitativo exacerbado de histórias que o tornam raso, longo e de mau gosto para um público maduro. Esta obra possivelmente será vista de maneira satisfatória pelo público juvenil. Me preocupa tamanha superficialidade no que tange ao desenvolvimento de história com muitos personagens. Eles são tão frágeis e beiram a inutilidade a tal ponto que se houvesse um personagem apresentando os contos em voice over causaria um impacto muito maior.
Principalmente quando se tem uma muleta para a resolução imediata da história. Boas histórias devem fugir do caminho simples a não ser que apresentem de maneira que não canse o público ou no pior dos casos o subestime. Tal desenvolvimento não permite pausas para fruição. As histórias curtas não desenvolvem os personagens e quando decidem aprofundar a protagonista, o efeito tardio já não causa comoção. O tom do filme é frágil. Inicia em atos cômicos, muda para um tom sombrio e recai sobre um tom leve de terror. Não é um filme para entretenimento adulto.
O som é uma catástrofe porque não dá descanso aos ouvidos. Ele acaba sequestrando muitos momentos que poderiam ter um impacto mais forte. O incômodo se dá principalmente pelo abuso na utilização de músicas e efeitos sonoros usados de maneira exagerada.
Os efeitos especiais e os cenários estão bem trabalhados. As atuações dos personagens atingidos pelos monstros ficam a mercê das histórias rasas não sendo possível perceber se os jovens atuam bem. O destaque fica a cargo dos monstros. Um dos monstros de maior destaque que persegue o personagem Ramon. O outro que faz o monstro do dedão também merece destaque.
É o tipo de filme que se assiste quando não se tem mais nada para fazer.
Um dos aspectos mais relevantes da produção é o adensamento do suspense construído por escalas gradativas.