Após quatro anos de espera, o aguardado Homem-Aranha: Através do Aranhaverso finalmente chegou ao público. E as apostas nunca foram tão altas para Miles Morales (Shameik Moore), o mesmo vale para o filme, que tem como missão tentar dar sequência ao que muitos consideram ser um dos melhores filmes de animação da história recente, um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos. Qualquer Homem-Aranha esquisito e obscuro dos quadrinhos deve estar lá em algum frame. Não serão poucas as reações de “meu deus, como assim, c@r#lho olha lá!” gritadas no cinema, algumas inclusive, capazes de arrancar lágrimas sem muito esforço.
Mas é de se esperar que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, certo? Para alegria da nação, a Sony entregou, mais uma vez, um filme especial, emocionante e nostálgico que marcará gerações e deixará os fãs de queixo caído, seja pela qualidade das animações surreais, quanto pelas mensagens clichês e toda representatividade. Aliás, tudo que o filme prometia nos trailers era verdade: você se perderá no meio de centenas de Aranhas. A animação é perfeita para você ver, rever, ver de novo e ainda achar easter-eggs dos mais bem escondidos possíveis.
No enredo, acompanhamos Miles em uma grande aventura para proteger todo o multiverso mais uma vez. Formando um time com Gwen Stacy (Hailee Steinfeld) e outros aranhas alternativos, Miles se encontra em um impasse dentro de seus próprios ideais enquanto precisa lutar contra uma nova ameaça ainda mais forte. Com essa premissa relativamente simples, se inicia Através do Aranhaverso que desde seu primeiro segundo, já mostra muita personalidade.
Vários dilemas são transportados também para outros personagens que estão vivendo as mesmas dificuldades do destino Aranha, como é o caso de Gwen Stacy, responsável pelo protagonismo de boa parte do filme. Aqui somos convidados a descobrir mais sobre os problemas pessoais da garota em seu próprio universo. Além disso, importante mencionar que a narrativa proposta para ela é muito mais conclusiva do que a de Miles.
Com grandes habilidades de exploração do multiverso, vem uma grande quantidade de novos personagens, como a Mulher-Aranha motoqueira grávida (Issa Rae), que auxilia Miguel O’Hara e a Sociedade-Aranha em sua tentativa de consertar os multiversos; Pavitr Prabhakar (Karan Soni), o Homem-Aranha de Mombattan - uma combinação de Mumbai/Manhattan, ele é divertido, estiloso e um dos últimos românticos (sim, me apaixonei por um aranha), Spider-Punk (Daniel Kaluuya), anarquista que usa sua guitarra em brigas e não segue autoridade; e muito mais Pessoas-Aranha do que você poderia contar.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso consegue melhorar ainda mais este mundo incrível. Com uma animação ainda mais marcante e uma conexão mais poderosa com seus personagens e seus fãs, é um dos filmes mais envolventes, emocionantes e eletrizantes lançados em anos. No final do filme a questão de quem é o melhor Homem-Aranha cinematográfico foi respondida: é Miles Morales. Mas não só isso, pode muito bem ser a melhor série de filmes de super-heróis até agora.
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