IMACULADA

Immaculate, 2024, EUA
Diretor: Michael Mohan
Elenco: Sydney Sweeney, Álvaro Morte, Simona Tabasco, Benedetta Porcaroli.
Duração: 90 min.

Sinopse: Sydney Sweeney estrela o terror IMACULADA como Cecília, uma jovem religiosa que se torna freira em um convento isolado na região rural italiana. Após uma gravidez misteriosa, Cecília é atormentada por forças perversas, enquanto confronta segredos sombrios e horrores do convento. A experiência religiosa está prestes a se transformar em um pesadelo. Seria a gravidez uma dádiva ou uma maldição?

O filme conta a história de Cecília, interpretada por Sydney Sweeney, uma jovem que se muda para o convento em região rural da Itália. Lá, ela começa a perceber coisas estranhas que rondam o local, e quando ela engravida de repente é tida como imaculada e passa a refletir se essa gravidez é santa ou maldita. Que segredos e horrores esse convento esconde?

A história se inicia com a Cecília, uma jovem vinda dos EUA para a Itália para servir em um convento como freira. Mostra-se então uma jovem tímida e recatada, que se sente incomodada demais com os olhares e a sua dificuldade com a língua italiana, que ainda não domina. Ao adentrar no convento, vemos que o lugar é basicamente um lugar de repouso para que as freiras se desloquem antes de morrer de velhice ou doença, o que já remete a nossos conhecimentos de que, lugares assim, normalmente carregam fortes forças negativas. Lá, somos apresentados à diversas freiras, que vão nos gerando o mais precioso nojo e a mais afável simpatia. Nesse interim, a Cecília vai notando diversos comportamentos esquisitos naquele local. Até o momento em que, ela começa a sentir enjoos e é levada ao médico do convento. Que após alguns exames, descobre que a mesma estava grávida, o que lhe leva a uma reunião com os responsáveis pelo convento. Nesta reunião, questionam sobre a pureza da irmã, que sem entender nada, continua alegando ser pura e nunca ter sido tocada por homem ou mulher, o que a faz ser uma mulher grávida sem consumação carnal, o que nos leva a desconfiar de diversos aspectos, pois, a forma como o padre olha para a irmã Cecília é bastante intimista, o que desperta também o incomodo da própria freira.

No decorrer do filme, vemos o que está por detrás de toda essa gravidez e que o convento não é o que parece ser, o que já era de fato percebido pelo inicio do filme, onde vemos uma freira tendo sua perna quebrada por 4 pessoas vestidas de freira com máscaras no rosto. A ambientação do filme é espetacular, dando vazão para o imaginário para o quão perturbador um ambiente sacro pode ser, a iluminação do filme acerta em dar o tom certo de escuridão quando necessário e a claridade correta para os ambientes corretos. A única cena de escuridão total, serve para mostrar o quão tenebroso e misterioso as trevas podem ser. Os jumpscares são bem usados e não são gastos como panfletos eleitorais, sua utilização caem bem nos momentos necessários, onde temos o mal eminente presente.

O próprio fim do filme, pode causar tantas polêmicas, mas que se faz necessária, pois, ao longo do filme vemos que, a própria igreja acreditava piamente que aquela gravidez, era plano divino, e que a irmã Cecília, era uma ferramenta do divino para trazer de volta o Cristo, porém para a freira, aquilo era mais obra do maligno, como vemos também no filme quando a freira acha um trecho escondido atrás de um quadro. A trilha sonora do filme traz uma boa ambientação, usando músicas sacras, dando tonalidades sombrias para a película. O filme é um horror que acerta bastante em todos os aspectos, e que gera uma satisfação em poder notar que ainda existem bons filmes de terror. O diretor Michael Mohan fez um bom trabalho de direção e trouxe um bom filme para o ano de 2024. É um filme que recomendo a ser assistido para quem é fã de terror.