Título Original: IT: Chapter 2 (EUA– 2019)
Direção: Andy Muschietti
Roteiro: Gary Dauberman.
Produção: Warner Bros. Pictures, KatzSmith Productions, Lin Pictures, New Line Cinema e Vertigo Entertainment e Legendary Pictures.
Elenco: Bill Skarsgård, James McAvoy, Jessica Chastain, Isaiah Mustafá, Bill Hader, Jack Ryan, James Ransone.
Duração: 170 min.
Sinopse: 27 anos depois dos eventos de "It - A Coisa", Mike (Isaiah Mustafa) percebe que o palhaço Pennywise (Bill Skarsgard) está de volta à cidade de Derry. Ele convoca os antigos amigos do Clube dos Otários para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas quando Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jack Ryan) e Eddie (James Ransone) retornam às suas origens, eles precisam se confrontar a traumas nunca resolvidos de suas infâncias, e que repercutem até hoje na vida adulta.
IT: Capitulo 2, continuação direta do sucesso de 2017, é uma superprodução que custou US$ 70 milhões, o dobro do orçamento do primeiro filme (US$ 35 milhões). Stephen King, um dos maiores escritores de horror, teve sua primeira adaptação do livro “A Coisa” em 1990, numa série para a tv norte-americana. No Brasil, saiu em VHS duplo e ganhou o título “It – Uma Obra-Prima do Medo”. O filme se tornou cultudo, com grande destaque para a versão de Pennywise, interpretado pelo ótimo Tim Curry. Atualmente ele tem uma versão em DVD no mercado brasileiro, e em Blu-Ray (não lançado no Brasil, mas com áudio e legenda para o publico brasileiro). A primeira parte da nova versão de IT é mais assustadora e conta com uma excelente produção, além de ótimas atuações pelo elenco infantil.
IT: Capitulo 2 se passa 27 anos após os acontecimentos do primeiro filme. A nova A cena inicial, com o casal homossexual sendo hostilizado é consideravelmente a cena mais assustadora dessa segunda parte. O Horror não é apenas sobrenatural, mas humano. A agressão gratuita e extremamente violenta termina com um dos atacados sendo jogado de uma ponte e encontrado e mutilado por Pennywise. A partir deste incidente, Mike, único do “clube dos otários” que havia permanecido da cidade de Derry e vinha investigando a origem do palhaço convoca seus antigos amigos, lembrando a todos da antiga promessa de retornarem caso o palhaço não tenha sido destruído. Juntos, traçam um plano para destruir definitivamente a criatura. Um ritual é planejado, baseado em um conhecimento que Mike adquiriu com indígenas norte-americanos. Cada um sai em busca de um item de seu passado, relembrando traumas e apresentando diversos fatos escondidos para o espectador. Os elementos vão sendo reunidos, cada um enfrenta seus medos e partem em busca do covil da entidade, que busca vingança contra aqueles que o machucaram.
O primeiro e o terceiro atos são muito bons, o final é apoteótico, mas o desenrolar da trama, o segundo ato, cria varias passagens que cansam como o excesso de flashbacks, e aparentam mais como “barrigas” para esticar o filme. O filme é apresentado como uma saga de descobrimento dos personagens, apelando mais para o drama do que o horror como no filme anterior. O elenco tem como destaque as atuações de Bill Skarsgård e Bill Hader. James McAvoy, Jay Ryan, James Ransone, Isaiah Mustafa e Andy Bean estão muito bem em seus papéis. Já a atriz Jessica Chastain está um pouco apagada em seu personagem. Os efeitos especiais estão bons, embora tenha um uso excessivo de CGI, o que tira um pouco o clima assustador e em alguns poucos momentos tenha ficado um pouco artificial.
O filme, preservando o toque lovecraftiano da criatura, apresenta diversas referencias visuais, desde filmes da década de 1980 e 1990 (em especial “Os Garotos Perdidos”, “O Iluminado”, “O Enigma do Outro Mundo” e “A Hora do Pesadelo 5”), videogames, quadrinhos e cultura pop, além de uma participação especial de Stephen King.
Apresentando uma narrativa mais convencional, o filme acaba agradando, mas é levemente inferior ao primeiro capitulo, focando mais no apelo dramático do que no terror. É uma conclusão que vai agradar aos fãs tanto dos filmes quanto dos livros.
PÂNICO VI abandona intencionalmente o roteiro padrão do Pânico, de dividir seus protagonistas nos filmes para que eles se reúnam no final do primeiro ato, e, em vez disso, se concentra em uma história que mantém os sobreviventes conectados o tempo todo.
