DIREÇÃO: Chad Stahelski
ELENCO: Keanu Reeves, Donnie Yen, Bill Skarsgård
ROTEIRO: Michael Finch, Shay Hatten
DURAÇÃO: 2h 50min
NOTA: 7/10
SINOPSE: O assassino profissional retorna às telas para John Wick 4: Baba Yaga. O assassino profissional John Wick (Keanu Reeves) agora virou metade do submundo contra ele com sua vingança, que agora está entrando em sua quarta rodada em Nova York, Berlim, Paris e Osaka. Sua equipe, composta por Bowery King (Laurence Fishburne), o gerente do hotel Winston (Ian McShane) e o concierge Charon (Lance Reddick) do lendário hotel assassino Continental, novamente fazem parte da festa. No entanto, as chances de escapar desta vez parecem quase impossíveis
CRITÍCA
John Wick sempre foi um homem de poucas palavras, mas nunca tão poucas como em John Wick 4: Baba Yaga. A agora franquia prestes a ganhar derivados no cinema e televisão, chega ao seu quarto capítulo com foco completo na ação, deixando um pouco de lado a construção de mitologia dos filmes anteriores e simplificando a história do protagonista aos seus movimentos e sacrifícios. Keanu Reeves não deve ter falas com mais de meia dúzia de palavras no filme. Quase sempre é monossilábico, ele domina por completo a tela quando entra em ação - e vê seus coadjuvantes melhorarem ainda mais, pois a adição de Donnie Yen é perfeita.
John Wick enfrenta seus adversários mais letais até agora, com o preço por sua cabeça cada vez maior, Wick leva sua luta contra a Alta Cúpula de forma global, enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova York a Paris, de Osaka a Berlim. Nesta nova etapa, Wick é caçado por um francês meticuloso e conectado com a Alta Cúpula, organização que gerencia o código dos assassinos neste mundo de fantasia criado por Derek Kolstad. O personagem interpretado por Bill Skarsgard está longe da caricatura ameaçadora que o ator visa em seu trabalho, mas com o auxílio de peso do design de produção e figurino, o lorde que ao menos não atrapalha a evolução da história.
A melhor parte do vilão, na verdade, é a contratação de seus assassinos de aluguel, entre eles, Caine, vivido por Donnie Yen. Gênio das artes marciais, o ator chinês alcança o equilíbrio perfeito para ser o anti-herói a rivalizar com Wick. Em cena, Yen entrega não só na atuação dramática, como nas coreografias que aliam ação, humor e estilo, moldando um personagem que deve ganhar um filme derivado em breve, caso este faça sucesso.
A forma como ele filma as sequências de luta e embaralha os inimigos dentro do quadro para deixar Keanu Reeves controlar o ritmo, seja com golpes, seja com olhares, é o cerne de um filme que respira pelo não-falado, e existe pelo movimento. A velocidade de Caine com a espada, o amor de Wick pela pistola e a conexão de Tracker (Shamier Anderson) com o cachorro são histórias que trabalham praticamente apenas na ausência de diálogos, e se a ação não falasse por elas, talvez John Wick fosse apenas um simples filme de porradaria e explosões. Graças, porém, à porradaria e explosões, ele é muito mais.
As quase três horas de duração podem parecer um problema, e de fato a história se arrasta mais do que o necessário, mesmo sendo mais simples que uma sinopse. Acontece, porém, que quando John Wick 4 mergulha na ação, e o faz na maioria de seus minutos, o filme propõe outro patamar de excelência. No fim das contas, será difícil escolher a melhor cena de John Wick 4. Não só porque ele é extenso demais, tem missões e inimigos demais; é difícil porquê provavelmente um punhado delas entrarão em listas de cenas de ação mais incríveis já feitas. Eu tinha dúvidas sobre a duração de quase três horas de John Wick 4, mas faz por merecer. É um épico com ritmo inteligente que nunca deixa a ação cansativa, e os cenários são fenomenais.
Baseado em uma história real, 13 Exorcismos é um filme que fala sobre o medo do desconhecido e como algumas crenças religiosas podem ser mal administradas e dar origem a situações de autêntico terror.