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MAXXXINE

Por: Ivan Rios (O Mago Supremo)

TÍTULO ORIGINAL: MaXXXine | Ano de Produção: 2024 | EUA


DIREÇÃO: Ti West
ROTEIRO: Ti West
ELENCO: Mia Goth, Elizabeth Debicki, Moses Sumney, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Halsey, Lily Collins, Giancarlo Espósito, Kevin Bacon
PRODUTORAS:A24, Bron Creative, Film New Zealand
DISTRIBUIDORA: Universal Pictures
Duração: 103 min


SINOPSE: Nesta aguardada sequência de "X - A Marca da Morte" (2021) e "Pearl" (2022), Mia Goth reprisa seu papel como Maxine. Como única sobrevivente de uma filmagem pornô que deu errado há alguns anos, ela decidiu seguir sua jornada rumo à fama. Ambientada na Los Angeles de 1985, ela tem uma oportunidade de brilhar e agarra com todas as suas forças. No entanto, um misterioso assassino conhecido como Night Stalker persegue as estrelas de Hollywood, deixando um rastro de sangue que ameaça revelar o passado sinistro de Maxine.


 


RESENHA:


MaXXXine”, dirigido por Ti West e estrelado por Mia Goth, encerra a trilogia iniciada com “X: A Marca da Morte” (2021) e “Pearl” (2022). No entanto, ao contrário dos predecessores, “MaXXXine” não mantém a coesão narrativa e a profundidade esperada.


A obra busca ser uma ode e sátira à indústria cinematográfica americana da década de 80, utilizando excelentes referênciasvisuais e estéticas da época, a exemplo da estética de película, luzes neon e uma trilha sonora repleta de sucessos da década. Apesar dessas boas ideias, “MaXXXine” enfrenta dificuldades na aplicação desses elementos no desenvolvimento da trama, deveras previsível e insossa.


 


A narrativa oscila entre a ascensão de uma atriz de filmes adultos em Hollywood, a continuação da história da personagem principal após os eventos de “X” e a investigação de um assassino misterioso. Essa desconexão prejudica consideravelmente o ritmo do filme, que se divide entre núcleos pouco aprofundados. A crítica que aqui se aponta é de que “MaXXXine” objetivamente não atinge o mesmo patamar dos filmes antecessores, entretanto a atuação tocante de Mia Goth permanece sendo um ponto alto na obra.


A obra não proporciona momentos tão impactantes e intimistas quanto o monólogo de Pearl, onde ela explora suas motivações e medos, revelando-se como assassina. Aqui, a personagem central lida com as múltiplas facetas de ser semi-vilã, vítima e investigadora, simultaneamente, o que torna seu protagonismo desconexo, literalmente parecendo um “barco à deriva” e essa impressão fica clara para o público.


 


As cenas em que Maxine enfrenta medo e lida com os traumas do massacre concentram-se no primeiro ato do filme. Após há um desenvolvimento lento da história, até que ela finalmente atinge o estrelato, como recompensa por suas provações.


As origens de Maxine, embora nada misteriosas que quem acompanha a saga em relação ao desejo de fama, permanecem até certo ponto obscuras nesta obra. No primeiro filme, descobrimos que ela é filha de um pastor, que a ensinou a frase “eu não vou aceitar uma vida que eu não mereço”, repetida ao longo da trilogia.


 


Neste último filme, a história da protagonista desempenha um papel crucial na revelação do mistério do serial killer de Los Angeles. No entanto, a identidade do assassino se torna previsível antes mesmo da metade do filme. Ouso afirmar que a trama, infelizmente, é preguiçosa e fútil. Parece que o desfecho do mistério se faz imbecilizado diante de tamanha facilidade com que a protagonista chega a ele. Num simples: “Ok. vamos acabar com a brincadeira agora?!”, é de fato decepcionante…


 


Apesar das diferenças em relação aos filmes anteriores, que se valeu de elencos mais enxutos e cenários menos complexos, “MaXXXine” ousa introduzir um excesso de personagens, prejudicando seu papel no desenvolvimento da trilogia. Sinceramente a fórmula antiga visivelmente deu mais certo, a sensação que se tem é de que é muita gente prá pouco filme. A proposta de ser uma ode e sátira à indústria do showbusiness nos anos 1980 é interessante, com cenários bem construídos e uma atmosfera envolvente. No entanto, a execução da narrativa é insuficiente, com elementos desconexos e visível falta de coesão.


 


Quanto à atuação de Kevin Bacon como Jon Labat Halsey, é inegável que ele traz um toque de comédia à obra. Sua interpretação do vilão atrapalhado é cativante e proporciona momentos de alívio cômico. No entanto, mesmo com essa contribuição positiva, as falhas estruturais do filme tornam o brilhantismo da atuação também insuficientes no contexto da trama.



Em resumo, “MaXXXine” não alcança o mesmo nível de seus predecessores, mas a atuação marcante de Mia Goth e o toque humorístico de Kevin Bacon são pontos a serem reconhecidos. Como se costuma dizer: “no resumo geral da obra, dá para salvar pelo menos isso”. Ainda assim, para a trilogia essa obra fica abaixo das expectativas, sendo que o filme não consegue cumprir plenamente sua promessa perante o público, deixando um sentimento categórico de frustração.


INSTAGRAM: @ivansouzarios


Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/maxxxine?id=1197
| 408 | 10/07/2024
MaXXXine, dirigido e produzido por Ti West, é a última parte da trilogia de filmes X, sucedendo X e Pearl.
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