Título Original: The Meg
Direção: Jon Turteltaub
Produção: Amazon Studios / Nikkatsu
Roteiro: Dean Georgaris, Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Jason Statham, Li Bingbing, Cliff Curtis, Winston Chao, Ruby Rose, Rainn Wilson, Olafur Darri Olafsson, Masi Oka, Page Kennedy
Duração: 114 min.
Sinopse: Na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, a tripulação de um submarino fica presa dentro do local após ser atacada por uma criatura pré-histórica que se achava estar extinta, um tubarão de mais de 20 metros de comprimento, o Megalodon. Para salvá-los, um oceanógrafo chinês contrata Jonas Taylor, um mergulhador especializado em resgates em água profundas que já encontrou com a criatura anteriormente.
Filmes com tubarões ameaçando seres humanos se tornaram uma constante no cinema a partir de “Tubarão” (Jaws, 1975) de Steven Spielberg. Até este filme, os animais surgiam como um perigo no oceano para náufragos e pobres incautos, mas após o filme de Spielberg eles se tornaram ainda mais ameaçadores. Com o sucesso do filme da Universal, surgiram diversas outras produções que tentaram imitar e conseguir o mesmo resultado, tendo desde filmes feitos na Itália, como “O Último Tubarão” (L'ultimo squalo, 1981) de Enzo G. Castellari, continuações oficiais feitos pela própria Universal, filmes que usam de experiências genéticas tornando as criaturas ainda mais letais, como “Do Fundo do Mar” (Deep Blue, 1999) de Renny Harlin, filmes tensos como "Águas Rasas" (The Shallows, 2016), e filmes zoeira como a série Sharknado. Já ouve inclusive filmes que abordaram o tema Megalodon (ou algo parecido), nas produção da Asylum “Mega Shark vs. Giant Octopus” (2009) e “Mega Shark vs Crocosaurus” (2010).
A nova produção da Warner Bros não procura ser um exemplar sério, focando no divertimento, nos sustos e nos momentos de tensão. Com o roteiro baseado no livro best-seller de Steve Alten, “Meg: Perigo no Fundo do Oceano” (1997, publicado em português apenas em Portugal, pela editora Círculo de Leitores, e o primeiro de uma série!), o filme tem um clima de produção dos anos 1980/90, com muitas cenas de ação, momentos de humor para descontrair, personagens divertidos, mas profundos igual a um pires. Os efeitos são bons, com apenas alguns poucos momentos onde o CGI poderia ter sido melhor trabalhado, mas não chega a comprometer o resultado. O sangue também rola, com mutilações tanto humanas quanto de outros animais, com direito a muitas vísceras.
“Megatubarão” se passa num futuro indeterminado, mostrando uma tecnologia bastante avançada que é utilizada para pesquisa no fundo do oceano. Os cientistas descobrem uma área escondida, atravessando um fundo “falso” que camuflava uma área onde a evolução não seguiu o curso natural, preservando varias espécies pré-históricas consideradas extintas, entre elas o Megalodon. É digno de nota comentar a forma encontrada para justificar a existência do Megalodon nos dias atuais, além da maneira que o monstro escapa das profundezas para águas menos profundas. A partir daí é uma caça ao animal, antes que ele vá para águas rasas. A caça do animal dá origem a um clímax, onde após um momento de calmaria e estranheza mostra que o perigo não acabou, sendo na verdade, potencializado ao máximo!
Não espere coerência e veridicidade. “Megatubarão” é um filme extremamente divertido, e nota-se que Jason Statham está a vontade, se divertindo muito. O clímax é frenético com algumas cenas absurdas, mas não importa: “Megatubarão” é entretenimento puro, principalmente para aqueles que gostam de histórias de animais gigantes assassinos, monstros e filmes com clima de produção B.
Outra coisa a se notar é que o filme se destina ao publico oriental, de onde vem parte do financiamento, e onde parte de “Megatubarão” foi realizado (parte foi filmado na Nova Zelância). O filme será distribuído na China pela Gravity Pictures e no restante do mundo pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Entertainment.
O apocalipse amarelo: Uma Torre para Cthulhu é o primeiro livro de uma série que promete agradar muitos fãs de terror, aventura e ficção.