Morbius, 2022, EUA
Dir: Daniel Espinosa
Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless, Roy Thomas
Elenco: Jared Leto, Matt Smith, Adria Arjona, Jered Harris, Michael Keaton
Duração: 104 min
Sinopse: Um dos personagens mais interessantes e conflituosos da Marvel chega à tela grande com o vencedor do Oscar Jared Leto se transformando no enigmático anti-herói Michael Morbius. Gravemente adoecido com um raro distúrbio sanguíneo e determinado a salvar outros que sofrem do mesmo destino, o Dr. Morbius arrisca tudo numa aposta desesperada. E embora a princípio tudo pareça um sucesso absoluto, surge uma escuridão que se desencadeia dentro dele. O bem superará o mal - ou Morbius sucumbirá aos seus novos e misteriosos desejos?
Será que a Marvel e a Sony Pictures irão subutilizar o talento de um ator premiado como Jared Leto, assim como fizeram no filme "Venom" com o ator protagonista do título "Tom Hardy"?
Com essa pergunta martelando na cabeça, sentei na sala IMAX UCI (Primeira sala IMAX da Bahia) para assistir a nova aposta da Marvel nos cinemas: Morbius.
Confesso que nos primeiros minutos do filme fui conquistado por uma história de superação e amizade. Sim, o vilão “Vampiro", do Universo do Spiderman, Dr. Michael Morbius tem um enredo de fácil identificação com o espectador, movido pela amizade e em busca da cura para doenças sanguíneas. O nosso “herói” arrisca tudo para alcançar a sonhada cura e se depara com efeitos colaterais incontroláveis que o transforma em um homem morcego, não o Batman e sim um “Vampiro”, sedento de sangue e um suposto assassino.
A partir daí, os roteiristas ganham pontos preciosos com a definição do personagem, pois, nos Quadrinhos, Morbius suga o sangue de suas vítimas com as mãos. A escolha para que no filme o sangue fosse sugado através das presas, como qualquer Vampiro clássico, dá um tom mais adulto, tanto ao personagem quanto ao filme.
Quem pensa em correr para salas de cinema para assistir Morbius, um aviso: o filme não é infantil e tem cenas de violência. Para quem gosta dessa linguagem é um prato cheio, recheado de cenas de luta muito bem pensadas e efeitos visuais primorosos.
A performace de Jared Leto é satisfatória, ele vai até onde o personagem permite, ao menos não teve que virar comediante como Tom Hardy, em Venon, que, para mim, comprometeu muito a atuação e desenvolvimento do personagem.
O destaque fica a cargo do ator coadjuvante Matt Smith (o amigo Milo), que não decepciona ao valorizar o amigo e vilão.
Diga-se de passagem, os vilões são os melhores palcos para bons atores darem um show e Smith demonstra isso com mérito.
Além de ter alguns Easter-Eggs tradicionais em filmes da Marvel, as cenas pós-créditos, que são duas, revelam um provável curso para os filmes de vilões da Marvel: O Sexteto Sinistro.
Fãs dos Quadrinhos, com certeza, ficarão ansiosos para ver concretizado nos cinemas essa aliança poderosa entre os Vilões que não param de conquistar cada vez mais espaço e admiração do público no mundo todo.
\"Coringa\" é o filme que o DC Universe nunca fez! E que filme magistral ele é!!