Mortal (Torden, Noruega, 2020)
Direção: André Øvredal
Roteiro: André Øvredal.
Elenco: Nat Wolff, Iben Akerlie, Priyanka Bose, Arthur Hakalahti.
Duração: 104 minutos
O diretor norueguês André Øvredal é conhecido pelos filmes “O Caçador de Trolls”, “A Autópsia de Jane Doe”, e a produção de Guillermo Del Toro, “Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro”. Em fevereiro de 2020, ele lançou na Noruega Mortal (Torden) filme onde um garoto demonstra ter poderes semelhantes os de deuses nórdicos.
Descrito como mescla de influencias diversas, que vão desde o quadrinho Akira, Poder sem Limites (Chronicle, 2012) e ‘X-Men, MORTAL é um filme de baixo orçamento, que apresenta a jornada de Eric, em busca do seu passado e tentando descobrir as origens de seus poderes, sendo um misto de Scifi, suspense, fantasia e aventura, com inspiração na mitologia norueguesa.
Eric, no inicio é mostrado como um sem teto, vagando e se escondendo no oeste da Noruega. Ele apresenta feridas e marcas de queimaduras. Invadindo uma residência para se tratar e se limpar, ele cruza com jovens num posto de gasolina, onde um dos adolescentes zomba da aparência dele. O caminho deles se cruza novamente numa estrada deserta, onde o jovem Ole sai do carro para insultar e agredir Eric, que acidentalmente mata o garoto de uma forma inexplicável, logo após ele é encontrado e preso.
Antes de ser interrogado, ele conhece Christine, uma jovem psicóloga que tenta descobrir o que realmente aconteceu. Na cela, ele demonstra os seus poderes, queimando mesas, cadeiras e dando curto nos aparelhos eletrônicos, soltando brasas de suas mãos e raios elétricos de seu corpo. Christine e Henrik, chefe de policia da pequena cidade, acreditam em Eric e sentem simpatia por ele. Logo a embaixada americana aparece querendo a extradição de Eric, mas ele consegue fugir.
Em fuga, com as autoridades norueguesas e americanas atrás dele, Eric finalmente vai descobrindo quem, ou o que, ele realmente é. Em um cerco em uma ponte, ele demonstra de forma ainda mais incisiva os seus poderes sobre o clima, invocando relâmpagos. A partir de filmagens amadoras, as pessoas começam a acreditar que ele é Thor, Deus do Trovão, e o seguem como adoradores, enquanto seus perseguidores resolvem acabar com ele, já que o simples fato de se provar sua divindade, iria acabar com as religiões mundiais.
MORTAL apresenta um tema interessante, com um final que pede urgentemente uma sequencia, tal qual ocorreu, por exemplo, em BrightBurn (2019). O filme tem algumas falhas narrativas, algumas sequencias que parecem corridas, cenas que parecem adiantar a historia, na forma como as pessoas vão aceitando a “divindade” de Eric. Alguns efeitos são fracos, lembrando efeitos para séries televisivas, mas cumprem bem o objetivo. A maquiagem das queimaduras está bem feita e a atuação não compromete. Eric é interpretado pelo ator e cantor Nat Wolff (A Culpa é das Estrelas, Tudo para Ficar com Ela), Christine pela belíssima atriz norueguesa Iben Akerlie. Priyanka Bose, atriz indiana, interpreta a enviada pelo governo americano para capturar ou eliminar o possível Deus nórdico.
Trailer:
Um filme divertido, que mostra um tremendo carinho e respeito pelo seu material-base e encapsula muito bem a essência do que o inspirou.