Roteiro: Marcello Fontana
Arte: Thony Silas e Alex Lins
Cores: Paulo Torinno e Laís Bicudo
Número de paginas: 84
Sinopse: Uma guerra silenciosa é travada há séculos. De um lado, os imortais. De outro, herdeiros de uma ordem medieval. Mas seria a imortalidade real ou uma terrível metáfora para um grupo que há tanto tempo subjuga secretamente a humanidade?
Never Die Club é uma criação de Marcello Fontana (roteiro) e Tony Sillas (desenhos) e apresenta uma batalha secreta milenar entre imortais e agentes da organização conhecida como Vaucent, que se originou nos antigos Templários. A história que compõe esta primeira edição se passa no ano de 2010, na ilha de Cuba. O roteiro da graphic novel é ágil, com momentos de tirar o fôlego, mas sem descuidar do desenvolvimento dos personagens, mesmo não mostrando todas as cartas, mantendo certo mistério, e com uma estrutura que tem saltos temporais curtos, com pequenos flashbacks e avanços na condução da historia.
O trabalho artístico é ótimo! A arte é bastante dinâmica, os enquadramentos e narrativa visual contribuem para que o leitor seja fisgado e adentre no mundo imaginado por Fontana. As cores são belíssimas, não se restringindo ao contorno da arte, lembrando em muito pinceladas de aquarela e aguadas em guache. Em certo momento me remeteu ao trabalho de Steve Oliff. A HQ deixa algumas pontas soltas, para o segundo álbum que já foi lançado. Além de apresentar esboços, uma galeria dos personagens contando com arte de diversos ilustradores brasileiros, o álbum conta com um capítulo 1,5, chamado de “Sepukku”, que funciona como uma amostra do que vem na próxima edição que se chama Never Die Club Vol. 2 – Os Jogos de Judas, apresentando um imortal oriundo do Japão.
A parte de gráfica de Never Die Club é excelente: Capa cartonada em papel supremo 250g, com miolo em couchê 150g, e no formato magazine (21×29 cm).
Onde comprar:
E-mail: mfontana99@gmail.com
Há espaço, há publico, e cada vez mais esses leitores estão chegando até os projetos pelas vias da internet, apostando nos artistas e nas pequenas editoras. Tudo isso leva a crer que o horror nos quadrinhos, assim como nos cinemas, tende a se perpetuar cada vez mais, aludindo à afirmativa de John Carpenter: esse é um gênero que sempre esteve e sempre estará presente.