Título Original: Terminator: Dark Fate (EUA / 2019)
Direção: Tim Miller
Roteiro: Billy Ray, David Ellison, David S. Goyer, Josh Friedman, Justin Rhodes, Tim Miller.
Produção: James Cameron, David Ellison
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Natalia Reyes, Mackenzie Davis, Gabriel Luna
Duração: 2h14min
Sinopse: Na sexta aventura da saga Exterminador do Futuro, Arnold Schwarzenegger interpreta novamente o papel icônico de T-800, enquanto Linda Hamilton encarna mais uma vez Sarah Connor.
A franquia “Terminator” retorna as mãos de James Cameron, após o fracasso da bomba “Genesis” (2015). Cameron praticamente apaga tudo que foi feito após T2 (1991), recicla idéias dos dois primeiros filmes e lança uma continuação direta do segundo. Muitos fãs ficaram com uma pulga atrás da orelha, afinal todos os filmes feitos após a saída de Cameron oscilaram em qualidade (alguns podem dizer q todos são ruins, mas considero isso um exagero, pois, com exceção do fracasso estrelado por Emilia Clarke e Jason Clarke, existem pontos positivos em todos os outros).
O novo filme foca na luta da jovem Dani Ramos, vivida pela novata Natalia Reyes. O futuro da Skynet foi impedido mas uma nova ameaça contra a humanidade surgiu e dizimou grande parte da população mundial, caçando o restante. Desta vez, quem é enviada do futuro para proteger Dani contra o exterminador é a ciborgue (chamada de aprimorada no filme) Grace, interpretada por Mackenzie Davis. Grace é uma combatente que no futuro passou por processos de melhoramento tecnológico que aumentam sua força, rapidez e visão. No embate feroz contra o assassino, surge em auxilio a lendária Sarah Connor, agora uma procurada pela policia.
A nova produção já acerta trazendo de volta Linda Hamilton, no papel da envelhecida, mas ainda durona, Sarah Connor, e não se apoiando a figura de Schwarzenegger. Afinal de contas, a saga sempre foi sobre Sarah, e ai percebe-se o quanto ela fazia falta nos filmes. A direção de Tim Miller (Deadpool) é segura, acertando nas cenas de ação (algumas absurdas) e mesclando bem o drama e o humor. O roteiro é redondo, mas com muitas cenas previsíveis, e outras emulando/replicando cenas e sequências dos dois primeiros filmes.
O sentimento passado é de nostalgia para os fãs mais antigos, mas acaba resvalando em apresentar mais do mesmo. Algumas situações, como a humanização do T-800 soam meio forçadas. Há também alguns problemas no uso de CGI e principalmente no roteiro, em torno de paradoxos temporais envolvendo o destino de John Connor e o T-800. O novo exterminador, modelo Rev-9 tem uma similaridade com o T-1000, a Terminatrix de Rebelião das Máquinas (2003) e até mesmo o vilão de Genesis.
O filme acaba sendo uma ótima aventura sci-fi, mas acaba não inovando em termos de roteiro. O resultado final apaga o gosto amargo da aventura anterior e abre caminho para uma renovação da franquia.
Denis Villeneuve, dedica-se ao seu primeiro trabalho de ficção científica, e o resultado é de dúbia qualidade.