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THE FLASH

Por: Isadora Souza

The Flash, 2023, EUA.
Direção:
Andy Muschietti
Roteiro: Christina Hodson, Job Harold
Elenco: Ezra Miller, Michael Keaton, Sasha Calle, Ben Affleck, Jeremy Irons, Michael Shannon, Ron Livingston, Maribel Verdú.
Duração: 2h24


Sinopse: Os mundos colidem quando Flash viaja no tempo para mudar os eventos do passado. No entanto, quando sua tentativa de salvar sua família altera o futuro, ele fica preso em uma realidade na qual o General Zod voltou, ameaçando a aniquilação.



Se você tem a capacidade de separar a obra do autor meus parabéns. Estou aqui para falar sobre o filme.


Flash tem efeitos gráficos de excelência na maior parte da obra. O Sound Design está equilibrado. Tem-se fotografia bem executada, boa direção de arte. As Atuações são compatíveis com a dinâmica que o projeto exige. O filme é agradável do início ao fim. A percepção de tempo aqui é dilatada, risos. Sério, eu só olhei para o relógio na hora dos créditos. E quem viu as notícias sabe que até os créditos dessa obra foram elogiados por evidenciarem os nomes dos responsáveis para que o Flash existisse: Gardner Fox (Escritor) e Harry Lampert (Ilustrador).


O Ezra realmente é um bom Flash. Ele traz comicidade, entrega o que o personagem pede em cada momento do projeto e traz uma característica em sua interpretação que garante ao filme uma identidade. É muito agradável ver os momentos normais e transformados que ele enfrenta. O drama e os conflitos dele comovem porque você não vê o Ezra, você vê o Flash sofrer. É maravilhoso quando você assiste um projeto e esquece que está vendo um filme com o ator x ou y e poucos atores conseguem fornecer essa categoria de experiência. Tilda Swinton é outro nome com esse mesmo poder que consigo me recordar no momento. Ela simplesmente é o personagem que ela se propõe ser e eu já me assustei quando descobri que ela estava em algum filme e eu me perguntava “mas onde”? Bons atores se tornam seus personagens.



A parte mais estranha na manipulação imagética certamente ocorre no rosto do Batman. Isso acontece logo no começo e depois não me incomodou mais. Até agora não entendi se houve uma recriação de um rosto digitalmente por isso ficou tão bizarro, se algum dublê assumiu e precisou ter o rosto do ator embutido ali, diga-me o seu palpite. A hipótese que me parece mais divertida é que outro ator interpretaria o Batman e pediu para ser trocado de última hora e foi o que deu para fazer.



A construção do arco dramático favorece tempo suficiente para que a história se estabeleça e o público possa criar identificação com os processos dramatizados. A quantidade de informações apresentadas é satisfatória, permitem que o enredo possa ser absorvido em tempo hábil e a sequência de eventos é palatável e tangível. A manutenção de ritmo torna a história envolvente e por um momento você esquece que está passivo e adentra o universo dos heróis. A direção conduz bem os pontos de foco das cenas. A coreografia de lutas está bem desenhada aqui. Sem câmeras em modo “terremoto” (amém) mostrando que uma coreografia de lutas bem-feita e ensaiada pode favorecer uma experiência cinematográfica emocionante. O filme tem dose de humor satisfatória, entrega emoção e surpresas que deixarei obviamente para você encontrar quando for assistir. Bom filme!


Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/the-flash?id=1014
| 513 | 14/06/2023
O filme do velocista escarlate tem como foco trazer diversão descompromissada e despretensiosa.
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A sequência se mostra superior ao filme original, focando na ficção científica e no humor, sem deixar de lado o slasher.

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